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GWM inaugura fábrica em Iracemápolis/SP e anuncia centro de P&D no Brasil

Unidade é a primeira da marca nas Américas e prevê investimento de R$ 10 bilhões em dez anos

Por: João Livi
16/08/2025 às 08h44 Atualizada em 16/08/2025 às 08h48
GWM inaugura fábrica em Iracemápolis/SP e anuncia centro de P&D no Brasil
Fábrica da GWM em Iracemápolis inicia produção com três modelos e anuncia centro de P&D inédito no Brasil. (Foto: Divulgação)

A GWM Brasil oficializou a abertura de sua fábrica em Iracemápolis, interior de São Paulo, marcando a estreia da marca com base produtiva no Hemisfério Sul. A unidade é a primeira das Américas e a terceira fora da China a contar com estrutura completa de produção, juntando-se às plantas instaladas na Rússia e na Tailândia.

Primeiros modelos nacionais

A operação começa com três veículos confirmados: o SUV híbrido Haval H6, a picape Poer P30 e o SUV de sete lugares Haval H9, ambos com motorização turbodiesel. O primeiro carro produzido no Brasil foi um Haval H6 GT branco.

Com área total de 1,2 milhão de m² e 94 mil m² de área construída, a fábrica tem capacidade para produzir até 50 mil veículos por ano. A estrutura inclui setor de soldagem, linha de pintura robotizada, montagem e logística integrada. Atualmente, são 600 funcionários, número que deve chegar a mil até o fim do ano e ultrapassar 2.000 quando a planta iniciar exportações para a América Latina.

Centro de pesquisa inédito

A inauguração trouxe também o anúncio do primeiro Centro de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da GWM na América do Sul. Localizado em área anexa à fábrica, terá 15 mil m² e deve abrigar mais de 60 técnicos e engenheiros, com foco em tecnologia flex, adaptações às condições brasileiras de rodagem e desenvolvimento de sistemas híbridos e elétricos.

O espaço contará com laboratórios de última geração e estabelecerá parcerias com universidades e institutos de pesquisa, visando inovação em combustíveis, inteligência artificial e soluções de descarbonização.

Investimento e fornecedores nacionais

O plano de investimentos da GWM para o Brasil chega a R$ 10 bilhões em dez anos. A primeira fase, até 2026, corresponde a R$ 4 bilhões destinados ao relançamento da marca e à reativação da unidade de Iracemápolis. A segunda fase, de R$ 6 bilhões, vai até 2032 e prevê expansão da produção, maior nacionalização de peças e desenvolvimento de novos modelos.

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A operação seguirá o sistema “part by part”, considerado mais avançado que os tradicionais SKD e CKD, e já incorpora conteúdo nacional desde o início, com pintura local para todos os veículos. Hoje, 18 fornecedores participam diretamente da produção, entre eles Basf, Bosch, Continental, Dupont e Goodyear, além de mais de 110 empresas cadastradas.

Tecnologia multienergia e inovação global

Durante a inauguração, a GWM exibiu todas as suas soluções multienergia, incluindo o primeiro caminhão movido a hidrogênio da marca, uma maquete de barco também a hidrogênio - que será apresentado na COP30, em Belém (PA) - e a moto de oito cilindros SOUO S2000 GL, que fez sua estreia no Brasil.

As iniciativas fazem parte da estratégia da subsidiária GWM Hydrogen, voltada ao desenvolvimento global de tecnologias de célula a combustível.

Antes mesmo de iniciar a produção em série, a unidade de Iracemápolis conquistou a certificação ISO 9001:2015 sem nenhuma não-conformidade. É a primeira vez que uma montadora instalada no Brasil obtém o reconhecimento antes da produção, evidenciando o nível de planejamento da operação.

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