Segunda, 03 de Novembro de 2025
19°C 26°C
Marechal Cândido Rondon, PR
Publicidade

Porto de Paranaguá amplia capacidade de movimentação com novo calado

Alteração permite o transporte de mais contêineres por navio e reforça a competitividade do terminal paranaense

Por: João Livi Fonte: Portos do Paraná
02/03/2025 às 09h10
Porto de Paranaguá amplia capacidade de movimentação com novo calado
Porto de Paranaguá amplia capacidade de movimentação de contêineres com novo calado. (Foto: Claúdio Neves/Portos do Paraná)

A produtividade do Porto de Paranaguá recebeu um novo impulso com a atualização do calado operacional para navios porta-contêineres. O limite máximo passou de 12,6 metros para 12,8 metros, possibilitando um incremento médio de 160 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por embarcação. A medida entrou em vigor nesta sexta-feira (28), conforme estabelecido na Portaria nº 014/2025 da Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina.

A mudança foi autorizada pela Marinha do Brasil, com anuência da Autoridade Portuária e da praticagem local. "Essa atualização é parte do trabalho contínuo que desenvolvemos desde 2019 para tornar o porto mais eficiente e competitivo no mercado global", afirmou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.

Impacto no comércio internacional

O Porto de Paranaguá desempenha papel estratégico no escoamento da produção nacional, sendo o principal corredor de exportação de frango congelado do mundo e abrigando o maior pátio de contêineres refrigerados da América do Sul, com 5.268 tomadas elétricas. Em 2024, o terminal movimentou 1.558.450 TEUs, um aumento de 24% em relação a 2023. A carne de aves congeladas liderou as exportações, representando 30,5% das cargas, enquanto os plásticos e produtos químicos inorgânicos corresponderam a 31,4% das importações.

Expansão progressiva

O novo aumento de calado se soma a avanços recentes. Em novembro de 2024, o limite operacional passou de 12,3 metros para 12,6 metros, permitindo a inclusão de mais 220 TEUs por navio. Além disso, outros berços e píeres também tiveram suas profundidades ampliadas para melhorar a movimentação de cargas.

Os berços 201, 202 e 204, responsáveis pelo escoamento de granéis sólidos e carga geral, passaram de 12,8 metros para 13,1 metros. O mesmo ocorreu com os berços 209, 211, 212, 213 e 214, voltados para a movimentação de fertilizantes e exportação de grãos. Parte do berço 208 teve seu calado expandido de 11 metros para 13,1 metros. Dois píeres externos também foram beneficiados pela ampliação, elevando a capacidade de movimentação de granéis líquidos e fertilizantes.

Segurança e infraestrutura

O aumento da profundidade operacional só foi possível graças à remoção de parte da formação rochosa da Pedra da Palangana, concluída em novembro de 2024. Com a retirada de cerca de 20 mil metros cúbicos de rocha, a passagem entre o canal de acesso ao porto e a bacia de evolução foi ampliada, garantindo mais segurança e eficiência nas manobras.

Continua após a publicidade
Anúncio

A obra seguiu os critérios do licenciamento ambiental federal nº 1144/2016, emitido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e reduziu significativamente os riscos à navegação na área.

Com as recentes melhorias, o Porto de Paranaguá reforça sua posição como um dos principais hubs logísticos do Brasil, ampliando sua capacidade de atendimento e consolidando-se como referência no transporte marítimo de cargas.

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Programa Conexões Seguras vai avaliar 201 interseções em todo o Paraná, priorizando segurança e fluidez nas rodovias estaduais. (Imagem: Divulgação/DER)
Conexões seguras Há 3 dias

DER/PR homologa licitação do Programa Conexões Seguras para avaliar 201 interseções em rodovias estaduais: municípios do oeste integram a lista

Iniciativa de R$ 10,6 milhões vai identificar pontos críticos e propor soluções para ampliar a segurança e a fluidez no trânsito paranaense

Trecho da BR-277, uma das rodovias incluídas no novo modelo de concessões, que tem preocupado o setor produtivo devido às tarifas elevadas. (Foto: Divulgação/Fiep)
Preocupação Há 3 dias

Fiep alerta para tarifas até 79% mais caras no novo pedágio e teme prejuízo à competitividade regional

Federação reconhece avanços nas concessões, mas cobra equilíbrio entre os lotes e defende revisão das tarifas no Oeste e Sudoeste do Paraná

Autoridades federais e do Paraná durante a sessão na B3 que definiu a Reúne Rodovias Holding S.A. como vencedora do lote 5, que inclui a BR-163 e impacta diretamente Marechal Cândido Rondon. (Foto: Divulgação/B3)
Leilão rodovias Há 4 dias

Leilão do lote 5 confirma pedágio na BR-163 e encerra ciclo de concessões no Paraná com tarifa menor e promessa de obras

Desconto agressivo garantiu vitória da Reúne Rodovias Holding S.A.; rodovia que corta Marechal Cândido Rondon entra no pacote e terá cobrança de pedágio dentro de um modelo com mais obras e fiscalização

Duplicação da BR-163 entre Marechal Cândido Rondon e Guaíra é destaque do Lote 5, que será leiloado hoje na B3 com investimentos de R$ 11,7 bilhões.
Leilão da BR 163 Há 5 dias

Leilão do Lote 5 define nesta quinta-feira o futuro da BR-163

Com investimento bilionário, concessão inclui a duplicação de 58 km entre Marechal Cândido Rondon e Guaíra e promete transformar a mobilidade regional

Duplicação e novo pedagiamento da BR-163 devem impulsionar a economia e melhorar a mobilidade no Oeste do Paraná, beneficiando Marechal Cândido Rondon e toda a região. (Foto: Divulgação/B3)
LEILÃO REALIZADO Há 2 semanas

Duplicação e pedagiamento da BR-163 prometem transformar mobilidade e desenvolvimento no Oeste do Paraná

Lote 4 de concessões rodoviárias, que inclui trechos da BR-163 em Marechal Cândido Rondon, prevê investimentos bilionários e tarifas com desconto médio de 21,3%