O programa de concessões rodoviárias do Paraná entra em sua fase final com o leilão dos lotes 4 e 5, que juntos somam 1.058 quilômetros de estradas e investimentos previstos de R$ 29,7 bilhões entre obras e custos operacionais. Os certames serão realizados na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo - o lote 4 no dia 23 de outubro e o lote 5 no dia 30 de outubro.
Com a concessão desses trechos, também será criado um novo ponto de pedágio na BR 163, entre Marechal Cândido Rondon e Guaíra, possivelmente localizado no município de Mercedes, no Oeste do Paraná.
Os dois últimos lotes do programa completam o pacote de seis concessões que, ao longo de 30 anos de contrato, totalizam 3,3 mil quilômetros de rodovias e mais de R$ 60 bilhões em investimentos, no maior programa de infraestrutura rodoviária da América Latina.
Com 627,52 quilômetros de extensão, o lote 4 abrange trechos das rodovias BR-272, BR-369 e BR-376, além de oito rodovias estaduais (PR-182, PR-272, PR-317, PR-323, PR-444, PR-862, PR-897 e PR-986). O traçado conecta Guaíra, na fronteira com o Paraguai, até Nova Londrina, na divisa com São Paulo.
O investimento estimado é de R$ 18 bilhões, com previsão de 231 quilômetros de duplicações, 87 quilômetros de faixas adicionais e 59 quilômetros de contornos, além de 39,4 quilômetros de vias marginais e 34 quilômetros de ciclovias. O projeto também inclui 39 passarelas, oito passa-faunas, pontos de ônibus e uma série de melhorias estruturais.
Uma das obras mais aguardadas é a duplicação da PR-323, que vai beneficiar diretamente as regiões de Maringá, Cianorte e Umuarama, reforçando o corredor logístico que liga o Noroeste ao Oeste do Paraná.
O lote 5 contempla 430,7 quilômetros das rodovias BR-158, BR-163, BR-369, BR-467 e PR-317, cruzando as regiões Oeste e Noroeste e integrando o tráfego entre Paraguai, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Com R$ 11,7 bilhões em investimentos, o projeto prevê 238 quilômetros de duplicações, 20 quilômetros de vias marginais, 3,7 quilômetros de contornos e a construção do Contorno de Guaíra, além de passarelas, passagens de fauna e ciclovias na BR-369.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela elaboração dos contratos, os novos lotes mantêm o modelo de concessão que prioriza investimentos em segurança viária, fluidez no tráfego e redução de custos logísticos.