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Marechal Cândido Rondon, PR
O Outubro Rosa reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, mas também lança luz sobre inovações que podem transformar a realidade de milhares de mulheres. Entre essas novidades está a crioablação, técnica que utiliza frio extremo para destruir células tumorais e que vem ganhando espaço como alternativa eficaz e menos invasiva no tratamento.
Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2023 e 2025 o Brasil deverá registrar 73.610 novos casos de câncer de mama por ano, o que equivale a quase 67 diagnósticos por dia. A doença continua sendo a principal causa de morte por câncer entre mulheres no país - em 2021 foram 18.139 óbitos, uma média de 50 por dia.
A crioablação faz parte do campo da Radiologia Intervencionista, área médica que utiliza exames de imagem para guiar procedimentos minimamente invasivos. No caso da mama, o ultrassom permite visualizar em tempo real o congelamento do tumor. O procedimento dispensa anestesia geral, mantém a paciente acordada e possibilita retorno rápido às atividades cotidianas.
Embora ainda em fase inicial no Brasil, restrita a centros de referência e protocolos de pesquisa, a técnica já é consolidada para o tratamento de tumores em órgãos como rins, ossos e pulmões. Estudos recentes demonstram altas taxas de controle tumoral em mamas, apontando para um futuro em que a crioablação poderá se tornar mais acessível tanto na rede pública quanto na privada.
Comparada a outros métodos de ablação, que utilizam calor por radiofrequência, micro-ondas ou laser, a crioablação é considerada menos dolorosa. Além de destruir o tumor, também pode ser aplicada no tratamento de metástases ósseas, oferecendo não apenas controle do crescimento tumoral, mas também alívio da dor.
Especialistas ressaltam que os avanços na radiologia ampliam as opções terapêuticas, sem substituir a importância do diagnóstico precoce. “O acesso à mamografia e a tratamentos modernos é essencial para mudar o cenário do câncer de mama no país”, reforçam os médicos ligados à Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista (Sobrice).
Apesar dos avanços tecnológicos, o câncer de mama é uma doença multifatorial, e cerca de 30% dos casos podem ser prevenidos com hábitos de vida saudáveis. Manter atividade física regular, adotar uma alimentação equilibrada, controlar o peso, reduzir o consumo de álcool e estimular a amamentação são medidas comprovadas de prevenção, segundo o INCA.
O Outubro Rosa vai além da simbologia da cor: é um movimento global que une profissionais de saúde, pacientes e sociedade em torno da informação, prevenção e diagnóstico precoce. A cada ano, novas abordagens reforçam que a ciência está avançando para oferecer mais chances de cura e qualidade de vida.
Neste Outubro Rosa, a mensagem é clara: diagnóstico precoce salva vidas, e a inovação abre caminhos para tratamentos mais humanos, acessíveis e transformadores.
