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Marechal Cândido Rondon, PR
O Paraná foi reconhecido como um dos estados mais organizados e eficientes do Brasil no enfrentamento das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs) em 2025. Durante a oficina pós-evento realizada em Curitiba nesta semana, gestores e técnicos da saúde pública detalharam as ações que permitiram ao Estado atravessar os meses mais críticos sem decretar estado de emergência sanitária — ao contrário do que ocorreu em outras regiões do Sul e Sudeste.
O trabalho paranaense recebeu elogios de representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde (MS), consolidando o Estado como modelo de gestão e resposta rápida às doenças respiratórias.
Entre as medidas adotadas pelo governo do Paraná estão a antecipação da vacinação contra a gripe, a abertura de 204 novos leitos de enfermaria e UTI, a aquisição de 100 mil testes rápidos para diagnóstico e a integração das redes de atendimento em todo o território estadual. Além disso, campanhas de conscientização foram reforçadas diariamente em mídias sociais e veículos de imprensa.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o reconhecimento é fruto do empenho coletivo dos profissionais de saúde. “Tudo o que passamos precisa servir de lição para o futuro. Este é um espaço importante de troca de experiências e de reforço ao excelente trabalho desempenhado pelos nossos profissionais em todo o Paraná”, disse.
A representante da Opas, Lely Guzman, ressaltou a articulação e organização da gestão estadual. “Fiquei impressionada pela organização, articulação e avanços que têm em áreas como laboratório, hospitalização, vigilância e imunização”, destacou.
O representante do Conass, Nereu Mansano, apontou o Paraná como único estado com uma rede abrangente de unidades-sentinela para vigilância da síndrome gripal, que coleta amostras em todas as regiões para identificar os vírus circulantes. “Do ponto de vista de representatividade e organização, o Paraná tem hoje a vigilância sentinela mais estruturada do país”, afirmou.
Já a consultora do Ministério da Saúde, Walquiria de Almeida, reforçou a percepção de integração entre equipes de vigilância, laboratórios e regionais de saúde. Para ela, o alinhamento dos profissionais garante agilidade e eficácia na resposta a emergências.
A campanha de imunização contra a gripe também foi determinante. O Paraná ocupa a terceira posição no país em número absoluto de doses aplicadas e em cobertura vacinal, com 3.799.644 doses aplicadas em 2025, alcançando 55,37% dos grupos prioritários — gestantes, crianças e idosos.
Além de ser referência durante a oficina itinerante, já realizada em 24 estados e no Distrito Federal, o Paraná foi convidado a apresentar sua experiência em Brasília, nos dias 10 e 11 de outubro, na reunião da Câmara Técnica de Epidemiologia do Conass, que reunirá representantes de todas as secretarias estaduais de saúde do país.
