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Dívida Pública Federal chega a R$ 8,14 trilhões em agosto

Emissões líquidas somaram R$ 136,64 bilhões no mês; Tesouro Direto bate R$ 190,2 bilhões em estoque

Por: João Livi Fonte: Tesouro Nacional
01/10/2025 às 08h57
Dívida Pública Federal chega a R$ 8,14 trilhões em agosto
Dívida Pública Federal atinge R$ 8,14 trilhões em agosto, mas permanece dentro da meta do Tesouro para 2025.

A Dívida Pública Federal (DPF) alcançou R$ 8,14 trilhões em agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Tesouro Nacional. O valor representa alta de 2,59% em relação a julho, quando o estoque estava em R$ 7,939 trilhões.

Apesar do avanço, a dívida continua dentro do intervalo projetado pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que previa para 2025 um resultado entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.

Emissões e resgates

As emissões da dívida em agosto somaram R$ 175,69 bilhões, enquanto os resgates totalizaram R$ 39,05 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 136,64 bilhões.

  • A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) respondeu por R$ 136,94 bilhões líquidos.

  • Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) registrou resgate líquido de R$ 300 milhões.

Na DPMFi, as emissões foram distribuídas em:

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  • R$ 89,23 bilhões em títulos prefixados;

  • R$ 59,46 bilhões em títulos atrelados à taxa flutuante;

  • R$ 26,82 bilhões indexados a índices de preços.

Do total, R$ 164,49 bilhões foram emitidos em leilões tradicionais, R$ 6,39 bilhões via Tesouro Direto e R$ 4,69 bilhões em emissões diretas.

Tesouro Direto em alta

O Tesouro Direto apresentou emissões de R$ 6,38 bilhões no mês, frente a resgates de R$ 3,454 bilhões, gerando emissão líquida de R$ 2,93 bilhões. O título mais procurado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que representou 53,13% do total vendido.

O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 190,2 bilhões, crescimento de 2,40% em relação a julho. O Tesouro Selic também lidera na composição do estoque, com 36,50% do total.

Revisão do PAF

O Tesouro Nacional atualizou o intervalo de variação da dívida previsto no PAF: agora, a expectativa é de encerrar o ano entre R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões.

Segundo o coordenador-geral substituto de Controle e Pagamento da Dívida Pública, Daniel Mario Alves de Paula, o ajuste reflete um ambiente mais favorável para as emissões.

“Essa alteração reflete um ambiente muito mais saudável de emissão no ano, o que permitiu ao Tesouro recompor de forma sólida o colchão de liquidez”, explicou.

Ele ressaltou que a mudança não indica que o governo pretenda atingir o teto da banda: “A gente colocou uma faixa confortável para não furar nem para cima nem para baixo”.

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