Após um longo processo de articulação técnica e política, o setor madeireiro do Paraná comemora um marco histórico: a inclusão oficial do sistema construtivo wood frame nas modalidades reconhecidas para financiamento habitacional pelo programa Minha Casa, Minha Vida, com recursos do FGTS e do Orçamento Geral da União (OGU).

A medida, recentemente aprovada pelo Ministério das Cidades, representa um avanço significativo para a industrialização da construção civil brasileira, ao reconhecer uma tecnologia baseada em madeira engenheirada, de alta eficiência energética e baixo impacto ambiental. Com isso, abre-se uma nova etapa para a adoção de métodos mais sustentáveis e modernos na construção de moradias populares.

“A aprovação do wood frame no Minha Casa, Minha Vida é uma vitória de todo o setor. Demonstra que é possível inovar com sustentabilidade e competitividade. O Paraná, com sua forte base florestal e industrial, sai na frente nessa transformação. Essa conquista amplia mercados, gera empregos e valoriza toda a cadeia produtiva da madeira”, afirma Roni Marini, coordenador do Conselho Setorial da Indústria da Madeira da Fiep.

Industrialização verde  

Utilizado em larga escala em países como Estados Unidos, Canadá e Japão, o sistema wood frame oferece uma série de vantagens: agilidade na execução das obras, redução de resíduos, menor consumo de água e energia e alta performance térmica e acústica. Além disso, proporciona mais controle de qualidade, com etapas construtivas realizadas em ambiente fabril antes da montagem nos canteiros de obras.

Com a nova regulamentação, empreendimentos habitacionais que utilizem essa tecnologia poderão ser financiados por programas federais, o que deve impulsionar significativamente sua adoção no mercado brasileiro.

Papel estratégico  

A conquista é fruto do trabalho coordenado da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e do seu Conselho Setorial da Indústria da Madeira. Ao longo dos últimos anos, as entidades lideraram esforços técnicos e institucionais para demonstrar a viabilidade do wood frame, tanto do ponto de vista produtivo quanto social e ambiental.

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A posição do Paraná como um dos principais estados produtores de madeira reflorestada e derivados industrializados torna a região estratégica para o avanço dessa tecnologia. Com ênfase em sustentabilidade e inovação, o estado se projeta como referência nacional em construções de baixo carbono.

Impacto nos negócios 

A regulamentação representa não apenas uma conquista setorial, mas também uma oportunidade concreta de desenvolvimento econômico regional. Ao permitir que projetos em wood frame sejam financiados com recursos do FGTS e do OGU, o governo federal estimula o surgimento de novos empreendimentos, fortalece a cadeia produtiva da madeira e gera empregos em diversas frentes — do reflorestamento à indústria de transformação, passando pela construção civil e pela arquitetura.

Além disso, o reconhecimento oficial do sistema reforça o papel das tecnologias limpas como protagonistas do futuro da construção no Brasil, alinhando o setor aos compromissos ambientais e aos desafios das mudanças climáticas.

Para mais informações, interessados podem entrar em contato com o Conselho Setorial da Indústria da Madeira da Fiep pelo e-mail: [email protected].