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SUSAF pode impulsionar produtores locais

Projeto do Sebrae busca ampliar mercado para produtos de origem animal, mas implementação exige ação conjunta com os municípios

Por: João Livi
12/04/2025 às 10h06 Atualizada em 12/04/2025 às 14h01
SUSAF pode impulsionar produtores locais
Emerson Durso, Gerente de Agronegócio do Sebrae/PR. (Foto: João Livi)

O Sebrae, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), está promovendo a proposta de implantação do SUSAF (Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte) nos municípios da região Oeste do Paraná, inclusive Marechal Cândido Rondon. A iniciativa visa ampliar as oportunidades comerciais para produtores de alimentos de origem animal, permitindo que produtos como mel, embutidos, queijos e peixes possam ser vendidos em todo o estado. Para que o projeto se concretize em cada município, no entanto, é indispensável o engajamento da Prefeitura Municipal, que precisa aderir formalmente ao sistema.

Segundo Emerson Durso, gerente de Agronegócio do Sebrae, o SUSAF é uma política pública estadual que permite que produtos como mel, queijo, embutidos e peixes, inspecionados em nível municipal, possam ser comercializados legalmente em outros municípios do Paraná. “É uma oportunidade concreta de ampliação de mercado para pequenos abatedouros de peixes e agroindústrias, mas que exige que o município faça a adesão formal ao programa”, explica.

A adesão ao SUSAF, no entanto, envolve mais do que a vontade do produtor. O município precisa contar com um serviço de inspeção municipal estruturado e, obrigatoriamente, com a presença de um médico veterinário para realizar a fiscalização técnica. "Talvez esse seja um dos fatores que dificultam a adesão em qualquer município. A contratação desse profissional pode estar pendente, ou ainda pode haver falta de informações claras sobre como implantar o serviço", pondera Emerson.

Marechal Cândido Rondon, por exemplo, apesar de contar com um número expressivo de produtores com potencial para se beneficiar do programa — como apicultores, fabricantes de embutidos e pescadores que operam abatedouros de peixe —, ainda não possui nenhum empreendimento local que tenha aderido ao SUSAF. "Temos um cenário muito promissor, com produtores de excelência. O que falta é o município também se posicionar como parceiro institucional e viabilizar essa adesão", destaca o gerente do Sebrae.

O Sebrae, junto com o IDR, oferece suporte técnico tanto para os municípios quanto para os empreendedores interessados em se adequar ao SUSAF. Através do programa Sebraetec, por exemplo, é possível contratar consultorias especializadas com subsídio de 50% do valor total, tornando viável a implantação dos controles exigidos pelo sistema de inspeção estadual.

Durso também reforça que os produtores não estão sozinhos nesse processo. “Eles podem procurar o Sebrae, o IDR ou quem estiver mais próximo. O importante é dar o primeiro passo. Com apoio técnico e orientação adequada, o processo deixa de parecer complexo e se torna uma estratégia concreta de crescimento”, afirma.

A expectativa do Governo do Estado é que pelo menos 50% dos municípios paranaenses estejam integrados ao SUSAF até o fim da atual gestão. Para que isso aconteça, a articulação entre as esferas municipal e estadual se torna indispensável. “Marechal é uma das cidades mais relevantes do Oeste do Paraná. Precisamos entender por que ainda não aderiu ao programa e corrigir o que for necessário. Estamos à disposição da Prefeitura, da Secretaria Estadual de Agricultura e do IDR para fazer isso acontecer”, conclui Emerson.

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