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Ação em aldeias indígenas alia subsistência e controle sanitário

Projeto apoiado pela Itaipu Binacional promove confinamento de aves com assistência técnica e controle rigoroso, reforçando o cuidado com a saúde pública e com o bem-estar das comunidades

Por: João Livi Fonte: Itaipu
10/04/2025 às 08h08
Ação em aldeias indígenas alia subsistência e controle sanitário
Os galinheiros estão sendo construídos dentro das normas. (Foto: Itaipu)

A construção de galinheiros comunitários em aldeias indígenas do Oeste do Paraná representa um novo capítulo na promoção da segurança alimentar e da saúde sanitária da região. O projeto, conduzido pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD), por meio do Programa CAPA, e em parceria com a Itaipu Binacional no âmbito do programa Itaipu Mais que Energia, tem como foco assegurar às comunidades indígenas acesso regular a proteínas de qualidade, sem abrir mão dos protocolos sanitários exigidos pelo setor agropecuário.

A iniciativa foi discutida em reunião realizada em Cascavel, na última segunda-feira (7), com representantes da Itaipu Binacional, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Sistema Ocepar, do Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), do Sistema Faep e de cooperativas ligadas ao setor.

Controle para conter riscos sanitários

O principal objetivo da medida é organizar a criação de galinhas nas aldeias, que até então era realizada de forma extensiva, com as aves soltas no território. De acordo com o gestor dos Programas de Sustentabilidade Indígena da Itaipu, Paulo Porto, o confinamento proporcionará maior controle sanitário e facilitará o acompanhamento técnico. "As galinhas já existentes nas comunidades serão realocadas para esses espaços estruturados, onde haverá orientações específicas por meio da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater)", explicou.

Além disso, as estruturas serão submetidas a monitoramento constante, com definição de protocolos sanitários pela Adapar e pela própria Itaipu. Todo o rebanho será cadastrado por meio de georreferenciamento, e os galinheiros serão exclusivos para galinhas, sem a presença de outras espécies como patos, marrecos ou gansos, conforme prevê a legislação estadual.

Produção de subsistência

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A produção oriunda dos galinheiros será destinada exclusivamente ao consumo interno das famílias indígenas. Segundo o projeto, não há intenção de comercialização dos ovos ou da carne de frango. O foco está em garantir uma fonte de alimentação saudável, segura e culturalmente adequada às comunidades Avá Guarani envolvidas.

O planejamento prevê a construção de até 64 galinheiros, com capacidade para abrigar até 90 aves por estrutura (considerando três lotes de 30 galinhas cada). A medida visa atender especificamente a aldeias situadas na região Oeste do Paraná.

Apoio institucional 

Durante a reunião, a Itaipu tranquilizou os representantes do setor produtivo sobre os cuidados envolvidos na implementação dos galinheiros. A empresa reafirmou seu comprometimento com a preservação da cadeia produtiva avícola paranaense, que tem grande relevância econômica no estado. “A Itaipu segue garantindo todas as medidas de proteção sanitária, no sentido de preservar a produção avícola do Paraná, assim como segue comprometida com a subsistência das comunidades mais vulneráveis do estado, como no caso das aldeias Avá Guarani”, reforçou Paulo Porto.

O presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette, também avaliou positivamente a iniciativa, destacando o esforço conjunto para equilibrar o apoio às comunidades indígenas e a proteção do setor agropecuário. “A reunião foi produtiva, com ganhos para o setor produtivo, pois traz garantias para fortalecer a segurança sanitária. Mas vamos continuar acompanhando a situação, para garantir os interesses dos produtores rurais e do setor agropecuário paranaense”, afirmou.

 

 

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