Segundo o Sistema de Contas Regionais 2022, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira, 14, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro alcançou R$ 10,1 trilhões em 2022, representando um crescimento de 3% em relação a 2021. O estudo, realizado em parceria com órgãos estaduais e a SUFRAMA, mostra que o Sudeste continua sendo a região com maior peso econômico, concentrando 53,3% do PIB nacional.
Os três estados mais contributivos para o PIB brasileiro são do Sudeste: São Paulo (31,1%), Rio de Janeiro (11,4%) e Minas Gerais (9,0%). Essas unidades da federação juntas representam mais de metade da economia do país.
A pesquisa detalha a participação de cada região no PIB:
- Sudeste: 53,3%
- Sul: 16,6%
- Nordeste: 13,8%
- Centro-Oeste: 10,6%
- Norte: 5,7%
Os estados do Sul e Centro-Oeste também se destacaram com expressiva participação no ranking nacional. Paraná (6,1%), Rio Grande do Sul (5,9%) e Santa Catarina (4,6%) formam o tripé do Sul. Já o Centro-Oeste teve Mato Grosso (2,5%), Distrito Federal (3,3%) e Goiás (3,2%) entre os mais representativos.
Das 27 unidades da federação, 24 registraram alta no PIB em 2022, com destaque para Roraima (11,3%) e Mato Grosso (10,4%). O bom desempenho em Mato Grosso foi atribuído à expansão do agronegócio. No entanto, três estados enfrentaram quedas: Rio Grande do Sul (-2,6%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-0,7%). No caso do Rio Grande do Sul, o recuo é explicado pela baixa performance da agropecuária local.
O maior avanço regional foi registrado no Centro-Oeste, com alta de 5,9% no PIB. A região, impulsionada por estados como Mato Grosso, Goiás e o Distrito Federal, teve crescimento acima da média nacional. A agropecuária, infraestrutura e serviços foram fatores determinantes para essa performance.
Por outro lado, a região Norte apresentou o menor crescimento (2%), apesar do desempenho destacado de Roraima e Amazonas.
O IBGE está atualmente revisando as séries do Sistema de Contas Nacionais e, em breve, adotará 2021 como o novo ano-base para seus cálculos. A gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça, destacou que o atual levantamento ainda usa o ano-base 2010, mas será atualizado em breve para oferecer dados mais alinhados com a realidade econômica recente.
O levantamento do IBGE reforça o papel do Sudeste como motor da economia nacional, mas também evidencia o crescimento dinâmico do Centro-Oeste e a relevância do agronegócio para o avanço econômico de estados como Mato Grosso. Com a revisão dos dados e novas bases de comparação, os próximos anos prometem trazer um panorama ainda mais claro das mudanças estruturais no PIB brasileiro.
1. São Paulo – 31,1%
2. Rio de Janeiro – 11,4%
3. Minas Gerais – 9,0%
4. Paraná – 6,1%
5. Rio Grande do Sul – 5,9%
6. Santa Catarina – 4,6%
7. Bahia – 4,0%
8. Distrito Federal – 3,3%
9. Goiás – 3,2%
10. Mato Grosso – 2,5%
11. Pernambuco – 2,4%
12. Pará – 2,3%
13. Ceará – 2,1%
14. Espírito Santo – 1,8%
15. Mato Grosso do Sul – 1,7%
16. Amazonas – 1,4%
17. Maranhão – 1,4%
18. Rio Grande do Norte – 0,9%
19. Paraíba – 0,9%
20. Alagoas – 0,8%
21. Piauí – 0,7%
22. Rondônia – 0,7%
23. Sergipe – 0,6%
24. Tocantins – 0,6%
25. Acre – 0,2%
26. Amapá – 0,2%
27. Roraima – 0,2%
- Maiores crescimentos:
- Roraima: +11,3%
- Mato Grosso: +10,4%
- Piauí: +6,2%
- Tocantins: +6,0%
- Estados com queda no PIB:
- Rio Grande do Sul: -2,6%
- Espírito Santo: -1,7%
- Pará: -0,7%
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