O governo federal anunciou nesta quarta-feira (3) o Plano Safra 2024/2025, destinado ao setor agropecuário brasileiro, com um valor recorde de R$ 400,59 bilhões. Este plano oferece diversas linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas voltadas para médios e grandes produtores, além de um plano específico para a agricultura familiar, com investimentos de R$ 85,7 bilhões.

Detalhes do Plano Safra

O Plano Safra tem vigência de um ano, começando em 1º de julho e terminando em junho do ano seguinte, e inclui:

• R$ 400,59 bilhões para médios e grandes produtores, sendo R$ 293,29 bilhões (73%) para custeio e comercialização e R$ 107,3 bilhões (27%) para investimentos.
• R$ 85,7 bilhões para a agricultura familiar, com R$ 76 bilhões destinados à política de crédito.

Objetivos e incentivos

O plano visa fortalecer a produção agropecuária brasileira com ênfase em sistemas de produção sustentáveis. Inclui medidas como:

• Taxa de juros de 2% para produção orgânica e agroecológica.
• Linha de crédito para aquisição de máquinas e implementos agrícolas de pequeno porte, com juros de 2,5% ao ano.
• Ampliação do limite de crédito para famílias agricultoras, incluindo descontos para pagamentos em dia.

Participação do governo e entidades

O lançamento, realizado no Palácio do Planalto, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diversos ministros, incluindo Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar). Durante a formulação do plano, foram ouvidas reivindicações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que incluíram demandas por mais recursos financiáveis e fortalecimento do seguro rural.

O plano também introduz uma nova estratégia nacional para aumentar a produção de arroz da agricultura familiar, com crédito, acompanhamento técnico e comercialização.

Com a promessa de juros menores em dez linhas de financiamento, o Plano Safra 2024/2025 representa um impulso significativo para o setor agrícola brasileiro, visando não apenas a produtividade, mas também a sustentabilidade ambiental.