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Marechal Cândido Rondon, PR
Após uma primavera marcada por eventos extremos e volumes elevados de chuva, o Verão 2025/2026 começa oficialmente neste domingo (21), às 12h03, com um cenário climático que exige atenção no Paraná. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o mês de janeiro deve concentrar chuvas acima da média, enquanto fevereiro e março terão precipitações irregulares, tanto no tempo quanto no espaço.
Historicamente, o verão é a estação mais chuvosa do Estado. Além dos dias mais longos e quentes, o período se caracteriza por pancadas de chuva frequentes entre a tarde e a noite, geralmente de curta duração, mas que podem vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e, pontualmente, granizo. Diferentemente da primavera, quando as tempestades costumam ser mais severas, no verão os volumes são maiores, porém com menor intensidade dos eventos extremos.
Segundo a meteorologista Júlia Munhoz, do Simepar, o padrão climático da estação está ligado à atuação mais frequente de sistemas convectivos. “No verão, há maior presença de linhas de instabilidade, aglomerados de nuvens convectivas e tempestades localizadas, favorecidas por uma atmosfera mais aquecida e com altos índices de umidade”, explica.
A possibilidade de permanência do fenômeno La Niña segue pouco acima de 50% até fevereiro e cai para cerca de 20% entre fevereiro e março. Conforme o Simepar, os impactos desse fenômeno no clima paranaense devem ser pequenos, sem alterações significativas nos padrões típicos da estação.
A previsão indica que as temperaturas do verão ficarão dentro ou acima da média histórica, com destaque para o mês de março, quando os valores costumam ser mais amenos. Já as chuvas devem apresentar comportamento distinto ao longo da estação.
“Em janeiro, o tempo abafado, com massas de ar quente e úmido, favorece pancadas fortes de chuva, elevando o acumulado mensal acima da média em várias regiões. Entre fevereiro e março, a tendência é de maior irregularidade, com áreas enfrentando períodos mais secos enquanto outras seguem com volumes elevados”, detalha o meteorologista Lizandro Jacóbsen. Em março, os dias consecutivos de chuva começam a diminuir.
Os dados climatológicos mostram que o Litoral do Paraná é, historicamente, a região mais chuvosa no verão. Em janeiro, os acumulados médios podem chegar a 458 milímetros, enquanto o Oeste registra os menores volumes, entre 146 mm e 179 mm. Apesar disso, o Oeste apresenta as maiores temperaturas máximas médias, próximas de 32°C.
Em fevereiro, o Litoral segue liderando em volume de chuva, com médias entre 263 mm e 374 mm, enquanto o Sul do Estado tem os menores índices. Já em março, os acumulados diminuem em quase todo o Paraná, mantendo-se mais elevados apenas no Litoral. As temperaturas também tendem a cair, embora a previsão para 2026 indique março mais quente que a média histórica.
Com esse cenário, o Simepar reforça a importância do acompanhamento das previsões diárias e dos alertas meteorológicos, especialmente no início do verão, período mais propenso a chuvas volumosas e rápidas mudanças no tempo.
