
Durante a sessão da Câmara Municipal de Marechal Cândido Rondon, nesta semana, os vereadores Tânia Maion e coronel Welyngton Alves da Rosa fizeram manifestações sobre a operação policial realizada no Rio de Janeiro, que resultou na morte de quatro agentes de segurança. Em seus discursos, ambos prestaram homenagem aos policiais e alertaram para o avanço da criminalidade organizada no país, relacionando o episódio à necessidade de fortalecimento das políticas de segurança pública.
Em sua fala, a vereadora Tânia Maion citou o artigo 144 da Constituição Federal, que estabelece a segurança pública como dever do Estado e responsabilidade de todos. Ela agradeceu e homenageou o comando da Polícia do Rio de Janeiro e os policiais envolvidos na operação, manifestando condolências aos familiares das vítimas.
“Presto minha continência aos heróis que tombaram no Rio de Janeiro em defesa do povo brasileiro de bem, que só quer a defesa da sua família e a garantia dos seus direitos fundamentais”, afirmou.
A parlamentar criticou o que classificou como impunidade e desordem institucional no país, apontando que “o Estado Democrático de Direito não está mais funcionando como deveria”. Ela comparou o posicionamento do Brasil com o de outros países latino-americanos que já reconheceram facções criminosas como grupos terroristas.
Tânia também defendeu a necessidade de posicionamento da sociedade diante do avanço do crime e encerrou sua fala com uma mensagem de fé e coragem:
“A omissão também é uma escolha. E quem escolhe o silêncio, escolhe o lado errado da história. Em Josué 1:9, está escrito: sê forte e corajoso, não temas, porque o Senhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares”.
Na sequência, o vereador coronel Welyngton Alves da Rosa também se pronunciou sobre o tema, reforçando as palavras da colega e destacando os números alarmantes da violência no Brasil. Ele lembrou que o país registra, anualmente, 44 mil assassinatos, 89 mil estupros, 1.400 feminicídios e 50 mil empresas assaltadas, além de 88 facções criminosas ativas, sendo duas de nível internacional.
“Infelizmente, o que vemos hoje é que filhos e filhas de famílias estão sendo cooptados pelo crime organizado. Centenas de policiais mortos, inúmeras famílias destruídas pela droga e pelo álcool. A polícia age pela defesa da sociedade”, destacou o vereador.
O coronel Welyngton comparou a situação do Rio de Janeiro com a do Paraná, afirmando que é preciso “refletir se queremos esse mesmo cenário para o Estado e para o Oeste paranaense”. Ele classificou o episódio como uma verdadeira “guerra civil urbana”, marcada pelo uso de armamentos pesados e táticas de guerrilha.
“Não começou da noite para o dia. Isso vem se criando com o tempo, com omissões. É preciso pensar em políticas públicas que evitem que o crime se instale como aconteceu no Rio”, alertou.