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Construção civil mantém fôlego e impulsiona desenvolvimento no Paraná

Com mais de 183 mil trabalhadores empregados e forte aposta em inovação, setor segue como um dos motores da economia estadual

Por: João Livi Fonte: FIEP
28/10/2025 às 09h38
Construção civil mantém fôlego e impulsiona desenvolvimento no Paraná
Setor da construção mantém ritmo forte no Paraná e segue como motor de empregos, inovação e sustentabilidade. Dados da Fiep mostram que mais de 183 mil trabalhadores atuam em obras e indústrias da construção em todo o estado. (Foto: Gelson Bampi)

Enquanto boa parte dos segmentos produtivos ainda enfrenta os efeitos do crédito restrito e do alto custo de insumos, a construção civil paranaense demonstra resiliência e mantém-se como um dos motores mais dinâmicos da economia estadual. Levantamento da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) mostra que o setor ultrapassa a marca de 183 mil trabalhadores com carteira assinada, distribuídos em cerca de 26 mil empresas, consolidando-se como pilar do desenvolvimento regional.

Os dados integram o balanço da Semana da Construção, promovida pela Fiep entre os dias 25 e 31 de outubro, e revelam que o segmento responde por 16,5% do total de empregos industriais do estado. O desempenho, segundo o Novo Caged, reflete o vigor das obras públicas e privadas e a capacidade do setor de reagir rapidamente diante de cenários de recuperação econômica.

Crescimento que movimenta cidades e gera oportunidades

Entre janeiro e agosto de 2025, a construção abriu quase 10 mil novas vagas formais, impulsionando a geração de renda e fortalecendo o comércio local. O setor também tem peso expressivo na economia paranaense: é responsável por 13,4% do PIB industrial estadual e por 7% do PIB nacional da construção, conforme dados de 2022.

Para Ricardo Lora, coordenador do Conselho Setorial da Construção da Fiep, o comportamento do segmento é um termômetro da atividade econômica.

“Quando há estímulo à produção e acesso ao crédito, os canteiros se transformam em um dos primeiros sinais de crescimento. A construção emprega, aquece o consumo e movimenta toda a cadeia produtiva”, analisa.

Lora lembra, no entanto, que a sensibilidade do setor à política monetária exige atenção. “Taxas de juros mais baixas são determinantes para manter o ritmo de obras e novos investimentos”, reforça.

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Olhar para o futuro: inovação como alicerce

Em meio às transformações do mercado, a Fiep vem conduzindo um plano de longo prazo para orientar o desenvolvimento da cadeia produtiva: a Rota Estratégica da Indústria da Construção 2040. O projeto propõe 152 ações estruturantes, voltadas à digitalização, qualificação de mão de obra, eficiência energética e uso de tecnologias sustentáveis.

“A ideia é construir um ambiente de inovação contínua, aproximando indústria, governo e academia. Assim garantimos avanços duradouros, que fortalecem não apenas o setor, mas todo o ecossistema produtivo do Paraná”, explica Lora.

O plano é coordenado pelo Observatório Sistema Fiep e busca alinhar as empresas da construção civil às tendências globais, conectando-as a práticas mais sustentáveis e inteligentes.

Perspectivas otimistas

Mesmo diante dos desafios de financiamento, o setor projeta novos investimentos caso se confirme a tendência de redução da taxa Selic. Com isso, obras represadas podem ser retomadas e novas frentes de expansão devem surgir em 2026.

Para Lora, o protagonismo da construção vai além da economia.

“Trata-se de um setor que transforma realidades. Cada obra representa empregos, dignidade e infraestrutura que impulsionam o futuro das cidades”, conclui.

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