13°C 23°C
Marechal Cândido Rondon, PR
O número de veículos emplacados no Paraná disparou após o anúncio da redução da alíquota do IPVA. Entre 20 de agosto e o final de outubro, foram 77 mil novos registros, um crescimento de 34,2% em relação ao mesmo período de 2024, segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). O salto representa quase 20 mil veículos a mais e reflete o impacto direto da medida que tornou o Paraná o Estado com o menor IPVA do Brasil.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou em agosto a redução da alíquota de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal dos veículos. A mudança foi oficializada pela Lei nº 22.645/2025, sancionada em 23 de setembro, e passa a valer a partir de janeiro de 2026. A iniciativa deve beneficiar 3,4 milhões de proprietários, o que representa 83% da frota paranaense.
Com a nova alíquota, um veículo avaliado em R$ 50 mil, que hoje paga R$ 1.750 de IPVA, passará a pagar R$ 950 - uma economia anual de R$ 800. “Essa é a maior redução de IPVA do Brasil. É dinheiro que deixa de sair do bolso das famílias e volta para a economia dos municípios, movimentando o comércio e os setores produtivos”, ressaltou Ratinho Junior.
Além disso, a lei mantém a isenção para motocicletas de até 170 cilindradas, implementada em 2024, que já beneficia mais de 732 mil proprietários, especialmente motoboys e entregadores.
Para o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Paraná (Sindicovi-PR), o impacto da nova política tributária já é visível. A perspectiva de menor carga de impostos em 2026 tem estimulado consumidores e empresas a anteciparem compras e registros de veículos, o que deve manter o setor aquecido até o fim do ano.
O diretor-presidente do Detran-PR, Santin Roveda, reforça que a medida fortalece a confiança do mercado. “Essa redução do IPVA é uma devolução de dinheiro para quem faz o Estado acontecer: trabalhadores, empresários, indústria e agronegócio. O aumento nos emplacamentos é o reflexo de mais negócios e mais confiança no futuro do Paraná”, afirmou.
O crescimento acelerado dos emplacamentos demonstra que a redução do imposto foi uma decisão fiscalmente sustentável. O aumento da base de veículos registrados ajuda a compensar parte da queda de arrecadação, garantindo que o Estado mantenha sua capacidade de investimento.
Para preservar o equilíbrio financeiro, a nova legislação também traz ajustes: a partir de 2026, a multa por atraso no pagamento do IPVA passará de 10% para 20%, mantendo-se a cobrança diária de 0,33% ao dia, acrescida dos juros da taxa Selic.
