O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), intensifica as ações de monitoramento, cuidado e prevenção à obesidade infantil - um problema que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um dos principais desafios de saúde pública do século XXI.
A obesidade infantil é resultado de uma combinação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais, influenciados por aspectos familiares, escolares e sociais. Entre as causas mais comuns estão a ausência de aleitamento materno prolongado, o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, a inatividade física, o sedentarismo e o sono inadequado.
De janeiro a julho de 2025, cerca de 640 mil crianças tiveram seu estado nutricional avaliado nas Unidades Básicas de Saúde do Paraná. Os resultados mostram que o excesso de peso foi identificado em 14,2% das crianças até 5 anos e a obesidade em 5,6%.
Entre as crianças de 5 a 10 anos, o percentual de excesso de peso sobe para 35%, e o de obesidade, para 17,4%.
Esses números são ligeiramente maiores que os registrados em 2023 e 2024, quando o excesso de peso atingia 13,8% das crianças até 5 anos e 33,1% das de 5 a 10 anos.
A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada do SUS e desempenha papel essencial na promoção da saúde e prevenção da obesidade infantil. As equipes das UBS realizam o acompanhamento nutricional contínuo, identificam casos de sobrepeso e obesidade e orientam famílias sobre hábitos saudáveis desde a gestação.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, reforça o compromisso do Estado:
“O Governo do Paraná acompanha os indicadores, incentiva a alimentação saudável e amplia ações de prevenção, criando oportunidades para que as crianças tenham mais qualidade de vida e um futuro com mais saúde”.
A obesidade infantil pode causar doenças respiratórias, hipertensão, resistência à insulina, fraturas, e sinais precoces de doenças cardiovasculares, além de impactos na saúde mental, como baixa autoestima e isolamento social.
A prevenção deve ser constante e integrada, com incentivo à alimentação equilibrada, atividade física e brincadeiras ao ar livre.
A nutricionista da Sesa, Cristina Klobukoski, alerta que dietas restritivas não são recomendadas para crianças.
“A restrição alimentar pode prejudicar o crescimento e fazer com que a criança perca a noção de fome e saciedade. O ideal é combinar alimentação saudável com brincadeiras ativas e acompanhamento familiar”.
Cristina também reforça o papel dos pais e responsáveis:
“A família é essencial. Os adultos moldam os hábitos alimentares, o comportamento físico e o ambiente da criança. Quando os pais têm atitudes saudáveis, as crianças tendem a seguir o mesmo caminho”.
Evite deixar alimentos ultraprocessados ao alcance das crianças.
Ofereça frutas, verduras, legumes e água como opções diárias.
Limite o tempo de telas (TV, celular, videogame).
Incentive atividades físicas e brincadeiras ao ar livre.
Apoie a prática esportiva e atividades extracurriculares.
Compartilhe refeições em família - o momento fortalece vínculos e ensina bons hábitos.
Com ações contínuas nas escolas e nas unidades de saúde, o Paraná reafirma seu compromisso de proteger a infância, prevenir doenças e promover qualidade de vida para as novas gerações.