A indústria paranaense vive um dos melhores momentos da última década. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, o volume de atividades industriais no Paraná cresceu 4,2% em agosto em relação a julho - resultado cinco vezes superior à média nacional, que ficou em 0,8%.
O desempenho foi o melhor entre todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ficando atrás apenas do Pará (5,4%) e da Bahia (4,9%) no ranking nacional.
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, a indústria paranaense também apresentou alta de 4,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a média nacional foi de apenas 0,9%. O Estado ocupa o terceiro lugar no ranking nacional, atrás de Espírito Santo (6,1%) e Pará (5%).
Entre os segmentos com melhor desempenho em agosto, destacam-se a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com um impressionante crescimento de 132,7%, impulsionando toda a cadeia produtiva. Também registraram avanços expressivos a produção de celulose e papel (14,6%), produtos químicos (8,5%) e biocombustíveis e derivados de petróleo (3,4%).
Na comparação com agosto de 2024, o Paraná manteve a trajetória positiva: a produção industrial estadual ficou 3,8% acima do registrado no mesmo mês do ano passado, enquanto a média nacional apresentou queda de 0,7%.
De janeiro a agosto, os segmentos que mais cresceram foram:
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos: +60,9%
Produtos químicos: +11,8%
Máquinas e equipamentos: +8,9%
Veículos automotores, reboques e carrocerias: +8,4%
Papel e celulose: +4,3%
Móveis: +3,7%
Produtos minerais não metálicos: +3,3%
Biocombustíveis e derivados de petróleo: +2,9%
O grande diferencial do Paraná está em sua estrutura produtiva. Enquanto estados como Pará e Espírito Santo dependem fortemente da extração mineral e do petróleo, o Paraná se apoia na indústria de transformação, que representa uma economia mais diversificada e resiliente.
Essa característica garante cadeias produtivas completas, que vão desde a fabricação de insumos químicos utilizados no agronegócio e na indústria farmacêutica até a produção de veículos, máquinas e equipamentos voltados ao mercado interno e à exportação.
O Estado também se destaca pela forte integração entre a indústria e a agroindústria, especialmente no setor cooperativista. As cooperativas agroindustriais transformam matérias-primas agrícolas em alimentos processados, bebidas e biocombustíveis, agregando valor à produção e ampliando oportunidades de mercado.
Esse modelo de desenvolvimento impulsiona empregos qualificados, inovação tecnológica e renda regional, fortalecendo setores como transporte, logística, comércio e serviços especializados.
A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, realizada pelo IBGE desde a década de 1970, acompanha o desempenho das indústrias extrativas e de transformação em 17 estados e na região Nordeste. Os dados completos estão disponíveis no Sidra, banco de dados do IBGE.
A próxima divulgação da PIM, com os resultados de setembro, será em 11 de novembro.