O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), vem ganhando força nos bastidores de Brasília como possível nome do Centrão para disputar a Presidência da República em 2026. Segundo um líder do grupo, a tendência é de que, se o ex-presidente Jair Bolsonaro não declarar apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o bloco se alinhe em torno do paranaense.
A avaliação ocorre em meio às negativas da família Bolsonaro sobre eventuais articulações e às vésperas da visita que Tarcísio fará ao ex-presidente, na próxima segunda-feira (29).
A possibilidade de Bolsonaro lançar outro nome, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, é vista como fator de divisão no campo da direita. Nesse cenário, segundo o líder ouvido, o Centrão deve se afastar e consolidar apoio a Ratinho Jr.
Para aliados, Ratinho reúne trunfos importantes: integra um partido sólido, comandado por Gilberto Kassab, apresenta índices de aprovação consistentes e possui menor rejeição do que Tarcísio, especialmente entre mulheres. Outros nomes da direita, como Ronaldo Caiado (União Brasil) e Romeu Zema (Novo), aparecem com menor força neste momento.
Os acenos ao governador do Paraná têm se intensificado. No domingo (21), um jantar realizado na casa de Kassab, em São Paulo, celebrou Ratinho Jr. como pré-candidato. Kassab, que também é secretário de Governo de Tarcísio, já havia dito que o PSD abriria mão de candidatura própria caso o paulista disputasse - mas, nos últimos meses, o movimento contrário vem ganhando espaço.
Na terça-feira (23), em evento na Associação Comercial de São Paulo, Ratinho foi questionado sobre a disputa presidencial e afirmou que a definição será feita apenas em 2026, dentro do PSD. O partido ainda mantém o nome de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, como pré-candidato.