Mesmo em meio a tensões políticas entre Brasil e Estados Unidos, o interesse dos brasileiros em viver e trabalhar em solo americano continua em alta. De janeiro a julho de 2025, a procura por vistos e processos de imigração para os EUA cresceu 19,6% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da D4U Immigration, empresa especializada no setor e premiada quatro vezes pela revista Acquisition International.
O país enfrenta uma carência estrutural de profissionais qualificados e abre portas principalmente em áreas estratégicas. Setores como Saúde, Educação e STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) lideram a lista de oportunidades para quem busca construir carreira legalmente nos EUA.
Tecnologia: em abril de 2024, havia mais de 500 mil vagas abertas no setor, segundo a Computing Technology Industry Association. Profissionais como engenheiros de software, analistas de dados, especialistas em cibersegurança e desenvolvedores estão entre os mais requisitados.
Saúde: projeções da Health Resources and Services Administration indicam um déficit de 200 mil enfermeiros até 2030, enquanto a Association of American Medical Colleges prevê falta de 124 mil médicos até 2034. A pandemia acelerou a demanda por médicos, fisioterapeutas e técnicos de saúde, sobretudo em regiões fora dos grandes centros.
Educação: levantamento do U.S. Department of Education mostrou que 45 dos 50 estados enfrentam escassez de professores, especialmente em STEM, educação inclusiva e ensino bilíngue.
Apesar das incertezas geopolíticas, a economia americana segue robusta e voltada para o mercado interno, o que garante estabilidade para profissionais e investidores. O déficit de mão de obra crônica é um dos fatores que mantêm os EUA entre os destinos mais atraentes. Mesmo que todos os desempregados fossem contratados hoje, ainda faltariam mais de 2 milhões de trabalhadores para cobrir as vagas abertas, de acordo com a U.S. Chamber of Commerce.
A busca por oportunidades não se limita à remuneração. Trabalhar nos EUA oferece reputação profissional, networking e fluência cultural, além de expor brasileiros a um ambiente de negócios reconhecido por segurança jurídica, baixa burocracia e incentivos locais para empreendedores.
Profissionais formados no Brasil precisam, em alguns casos, validar seus diplomas para exercer funções em território americano. O processo varia por área e estado e pode incluir:
tradução juramentada de documentos acadêmicos;
avaliação por entidades como a World Education Services (WES);
provas técnicas ou cursos complementares;
certificações específicas, como a NCLEX para enfermagem ou exames estaduais para professores.
Com escassez crescente de mão de obra e políticas que ainda favorecem a entrada de profissionais qualificados, os EUA seguem como um dos principais destinos para brasileiros que desejam expandir fronteiras pessoais e profissionais.