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Reforma Tributária acende alerta nas empresas: novos tributos CBS e IBS exigem preparação imediata

Estudo aponta que mais de 60% das companhias esperam impactos diretos; período de transição começa em janeiro de 2026

Por: João Livi
24/08/2025 às 11h21
Reforma Tributária acende alerta nas empresas: novos tributos CBS e IBS exigem preparação imediata

A aprovação da Reforma Tributária no Brasil marca o início de uma mudança estrutural no sistema fiscal. Com a criação da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), as empresas terão de reconfigurar rotinas e estratégias em tempo recorde.

Um levantamento da Systax, referência em tecnologia fiscal, revela que mais de 60% das empresas acreditam que serão diretamente impactadas pelas novas regras, reforçando a urgência da adaptação.

Tempo curto, impacto alto

De acordo com Thaís Borges, diretora comercial da Systax, o período de transição previsto para começar em janeiro de 2026 deixará pouco espaço para improvisos.
“Ajustes de sistemas, revisão de processos internos e até mudanças no ERP serão inevitáveis. O prazo de pouco menos de cinco meses é curto e estratégico. Quem não começar agora pode enfrentar riscos sérios de inconsistências fiscais e perda de competitividade”, alerta.

Embora ainda haja indefinições no texto do PLP 68/24, como a alíquota final, especialistas reforçam que esperar a regulamentação completa pode ser arriscado. A transição demandará integração entre áreas jurídicas, fiscais e de tecnologia, além de alto nível de organização para garantir conformidade.

Mais do que tributos: uma ruptura estrutural

A Reforma não se limita a alterar a carga tributária ou a precificação de produtos e serviços. Ela deve provocar impactos em contratos, sistemas de gestão, operações recorrentes e logística.
Para Thaís Borges, a mudança também afetará diretamente o planejamento estratégico e orçamentário das empresas. “A unificação de regras, o fim da diferenciação entre produtos e serviços e a tributação no destino exigirão novas formas de pensar os negócios”, explica.

Transparência e simplificação: vantagens com custos de adaptação

Os novos tributos têm como princípio a transparência e a simplificação, fatores considerados positivos. Mas essa mudança estrutural representa, ao mesmo tempo, uma ruptura significativa. Empresas que não se prepararem podem sentir efeitos negativos em suas margens de lucro e competitividade no mercado.

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Oportunidade além da obrigação

Especialistas defendem que a Reforma não deve ser encarada apenas como um desafio burocrático, mas também como uma oportunidade para modernizar processos, otimizar custos e fortalecer estratégias de longo prazo.

O relógio já está correndo: a partir de janeiro de 2026, o novo modelo entrará em vigor. Para as empresas brasileiras, a corrida agora é contra o tempo.

 

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