O mês de agosto começou pesado para o bolso dos brasileiros. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) acionou a bandeira vermelha patamar 2, o nível mais alto do sistema de cobrança adicional na conta de luz. A taxa extra agora é de R$ 9,492 para cada 100 kWh consumidos, um dos patamares mais caros da história recente.
A medida acende o alerta em lares e negócios que já sofrem com aumentos sucessivos nas tarifas. Desde junho, as bandeiras vermelhas vinham sendo aplicadas em níveis menores, mas a piora das condições hidrológicas e o uso intensivo de termelétricas obrigaram a cobrança mais severa em agosto.
Criado para sinalizar o custo real da geração de energia no Brasil, o sistema de bandeiras tarifárias ajusta o valor pago pelo consumidor de acordo com as condições de produção. Veja como cada nível impacta a conta:
Bandeira verde – Sem acréscimo, quando a geração está em condições favoráveis.
Bandeira amarela – Acréscimo de R$ 2,989 a cada 100 kWh, indicando aumento de custos na geração.
Bandeira vermelha patamar 1 – Acréscimo de R$ 6,559 a cada 100 kWh, acionada em períodos de maior pressão no sistema elétrico.
Bandeira vermelha patamar 2 – Acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh, o nível mais alto, aplicado em momentos críticos de baixa disponibilidade hídrica e dependência elevada de termelétricas.
Cada mudança de bandeira afeta diretamente o orçamento das famílias e a competitividade das empresas, sobretudo para quem permanece no mercado regulado, onde não há escolha de fornecedor.
A ANEEL projeta que a tarifa de energia em 2025 suba quase o dobro do previsto inicialmente. O cenário indica que os consumidores do mercado regulado continuarão sendo os mais atingidos, enfrentando reajustes automáticos e sem alternativas imediatas para escapar dos aumentos.