O Rotary International vive um momento de transição delicado e carregado de emoção. Na noite de ontem, Mário Cesar Martins de Camargo, presidente eleito da organização, anunciou formalmente sua renúncia ao cargo antes mesmo de assumir a liderança da entidade global. Em carta enviada às lideranças rotárias, Camargo comunicou que a decisão foi motivada por questões de saúde, profissionais e familiares.
“É com muito pesar e dor no coração que ontem à noite submeti minha carta de renúncia à presidência do Rotary. Não era minha vontade, mas fui forçado por motivos de saúde, de negócios e familiares”, declarou, reforçando seu desejo de apoio dos colegas neste momento e de sucesso à missão rotária.
A renúncia exige que o Conselho Diretor do Rotary International atue com agilidade para definir um novo nome à frente da presidência. Segundo o estatuto da organização, em casos como este, um novo presidente deve ser nomeado entre os rotarianos com experiência e histórico de liderança consolidado. O objetivo é assegurar uma transição estável e a continuidade das ações planejadas.
A saída de Mário Cesar repercutiu rapidamente entre os líderes da organização. O diretor eleito para a zona 23A, Cesar Luis Scherer (associado ao Rotary Club de Marechal Cândido Rondon Beira Lago), que assumiria simultaneamente ao lado de Camargo no mandato 2025-2027, se pronunciou de forma solidária e emocionada.
“Este final de semana foi muito difícil, porque acompanhamos com tristeza todos os momentos que precederam essa decisão. A escolha de Mário e Denise não foi sem razão, e deve ser respeitada”, afirmou Scherer, em alusão ao casal que há mais de quatro décadas atua na causa rotária.
O reconhecimento ao legado de Camargo não ficou apenas no campo da emoção. Scherer lembrou que o presidente eleito foi responsável por inspirar a mensagem “Unidos para fazer o bem”, lema que sintetiza a filosofia de atuação rotária. A frase, segundo ele, é um exemplo claro do compromisso com a transformação social por meio do serviço voluntário.
“Todos nós idealizamos cenários em que víamos tudo sendo possível. Mostrar ao mundo a importância do Brasil e da América do Sul. Agora, nossa melhor homenagem é continuar esse trabalho, expandindo a presença do Rotary, impactando mais comunidades e mantendo acesa a chama do bem coletivo”, reforçou o diretor.
Apesar da perda institucional provocada pela saída de Camargo, a organização busca reagir com firmeza e união. A dor da despedida antecipada vem sendo canalizada em discursos que valorizam a trajetória do líder e reafirmam o compromisso com sua visão.
“Por serem tão especiais, é que o prescindir se torna tão difícil de suportar”, conclui Scherer.
O Rotary International, presente em mais de 200 países e regiões, segue agora com o processo de escolha de uma nova liderança que possa dar continuidade às metas estabelecidas para os próximos anos, mantendo viva a proposta de impacto social global iniciada por Camargo.