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Porque agosto é o mês do Cachorro Louco?

Conheça mais sobre a origem da expressão "Mês do Cachorro Louco"

Por: João Livi Fonte: Formighieri
07/08/2024 às 01h34 Atualizada em 07/08/2024 às 05h42
Porque agosto é o mês do Cachorro Louco?
Estado compra mais de R$ 550 milhões em produtos de micro e pequenas empresas no semestre Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

A expressão "mês do cachorro louco" tem suas raízes em um fenômeno observado desde a antiguidade, relacionado ao comportamento dos cães durante o mês de agosto. Historicamente, este é o período em que muitas cadelas entram no cio, o que leva a um aumento na atividade dos cães machos, especialmente daqueles que vivem soltos ou nas ruas. Esse comportamento agitado e competitivo dos cães machos, em busca das fêmeas no cio, levou à percepção de que eles ficavam "loucos". Daí a origem do termo "cachorro louco". 

 

Por que agosto?

O mês de agosto representa essa expressão devido à maior frequência das cadelas no cio durante este período. Como consequência, há um aumento significativo no número de cães nas ruas, formando grandes grupos, o que facilita a disseminação de doenças como a raiva. Este cenário levou os governos a implementarem campanhas de vacinação em massa nos meses de julho e agosto, visando controlar a disseminação da raiva entre os animais.

 

A raiva: uma doença viral contagiosa

A raiva é uma doença viral altamente contagiosa e fatal, que pode afetar todos os mamíferos, incluindo humanos. No Brasil, apesar dos avanços no controle da doença, ela não está completamente erradicada. Segundo o veterinário Luiz Formigheri, "Volta e meia surgem casos de raiva, especialmente em bovinos, mas a raiva canina está bem controlada. Existem poucos casos no Brasil, mas a doença exige um controle rigoroso, pois não tem cura”.

 

Vacinação e controle

A vacinação anual é a principal medida preventiva contra a raiva. "A principal e única prevenção é a vacinação anual. Todo animal deve ser vacinado anualmente para a raiva", enfatiza o também veterinário Luiz Fernandes Formigheri. Ele explica que, apesar de o governo do Paraná não lançar campanhas de vacinação há três anos, a vacinação continua sendo obrigatória e pode ser realizada em clínicas veterinárias particulares.

 

Sintomas da raiva em cães

Os sintomas da raiva em cães incluem agressividade, dificuldade de deglutição e ataques sem provocação. Esses comportamentos anormais são um sinal claro de que o animal pode estar infectado. Em caso de suspeita de raiva, é essencial isolar o animal e comunicar imediatamente às autoridades de vigilância sanitária. 

 

Mitos e realidades

Um dos maiores mitos sobre a raiva é a associação exclusiva da vacinação ao mês de agosto. "O maior mito da raiva é o 'mês do cachorro louco', que só se faz vacinação em agosto. Deve-se manter a vacinação em dia, independentemente da data, pois as cadelas entram no cio duas vezes por ano", destaca Luiz Fernandes.

 

Avanços na saúde veterinária

A evolução da medicina veterinária tem permitido diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes. "Hoje, o cão vive bem mais e é bem mais cuidado. Temos mais condições de chegar a diagnósticos precisos", comenta Luiz Formigheri, destacando que a tecnologia avançada está agora disponível tanto nas capitais quanto no interior.

 

Chipagem e identificação

Os dois profissionais complementam a matéria destacando a importância da chipagem e identificação dos pets. A chipagem é uma ferramenta importante para a identificação de animais, especialmente em casos de roubo ou perda. "A chipagem é interessante porque, se o animal é roubado e tiver chip, você tem como comprovar judicialmente que ele é seu", explica Luiz Fernandes. Ele menciona também o uso de QR Codes nas coleiras dos animais, que permitem a identificação rápida e fácil do proprietário.

 

Conclusão

A conscientização sobre a importância da vacinação e o controle da raiva é fundamental para a saúde pública. Apesar dos avanços, a vigilância e a prevenção contínuas são essenciais para evitar surtos da doença. "A prevenção única é a vacinação", reforça Luiz Fernandes Formigheri, lembrando que a responsabilidade é de todos para manter os animais e a comunidade seguros.

 

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