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O legado feminino: conquistas e desafios no Dia Internacional da Mulher

Data marca luta por igualdade e celebra conquistas de mulheres ao redor do mundo

Por: João Livi
08/03/2025 às 10h10
O legado feminino: conquistas e desafios no Dia Internacional da Mulher
Mulheres de diferentes áreas têm sido protagonistas na transformação social, ocupando espaços antes restritos e rompendo barreiras. (Foto: Freepik)

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, vai muito além de homenagens e flores. A data carrega um profundo simbolismo histórico, marcado pela luta das mulheres por direitos iguais, melhores condições de trabalho e reconhecimento na sociedade. A origem remonta ao início do século XX, com movimentos operários nos Estados Unidos e na Europa exigindo equidade salarial e jornada digna, além do direito ao voto e à participação política.

Desde então, mulheres de diferentes áreas têm sido protagonistas na transformação social, ocupando espaços antes restritos e rompendo barreiras. Nomes como a escritora e feminista Simone de Beauvoir e a ativista paquistanesa Malala Yousafzai são referências mundiais nessa luta, inspirando milhões a reivindicar direitos básicos, como educação e liberdade.

No Brasil, grandes nomes femininos se destacam na construção de uma sociedade mais justa. Dandara dos Palmares, guerreira quilombola do período colonial, representa a força e a resistência das mulheres negras na luta contra a escravidão. Bertha Lutz foi essencial para a conquista do direito ao voto feminino no país, enquanto personalidades contemporâneas, como a cientista Jaqueline Goes de Jesus, que liderou o sequenciamento do genoma do coronavírus no Brasil, mostram o protagonismo feminino na ciência.

A economista e ativista Maria da Penha, cujo nome batiza a lei que protege mulheres contra a violência doméstica, é um exemplo vivo da luta por direitos e segurança. “Nossa batalha diária é para garantir que mulheres tenham voz, proteção e oportunidades iguais”, enfatiza Maria da Penha.

Para a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, o avanço das mulheres na sociedade ainda encontra obstáculos estruturais. “O mundo só será justo quando as mulheres tiverem os mesmos direitos e oportunidades que os homens. Precisamos continuar essa caminhada com coragem e determinação".

Além dos desafios persistentes, há conquistas que devem ser celebradas. O aumento da presença feminina na política, nos negócios e na ciência demonstra avanços significativos. Em 2022, o Brasil elegeu um número recorde de deputadas federais e senadoras, ampliando a representatividade feminina no Congresso Nacional. No setor corporativo, mulheres vêm assumindo posições de liderança em grandes empresas, impulsionando políticas de inclusão e equidade de gênero.

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O Dia Internacional da Mulher é, portanto, uma data para reflexão e ação. Celebramos as vitórias conquistadas, mas reconhecemos que ainda há um longo caminho a percorrer. A construção de um futuro mais igualitário depende da mobilização de toda a sociedade, garantindo que cada menina e mulher tenha liberdade, respeito e oportunidades para realizar seus sonhos. Como disse a icônica Ruth Bader Ginsburg, ex-ministra da Suprema Corte dos EUA: “As mulheres pertencem a todos os lugares onde as decisões são tomadas".

Neste 8 de março, mais do que celebrar, devemos reafirmar nosso compromisso com a luta por um mundo mais justo e igualitário para todas.

 

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