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Marechal Cândido Rondon, PR
A excelência da produção artesanal e o protagonismo feminino no agronegócio paranaense ganharam destaque nacional. A produtora Gelir Maria Giombelli, fundadora da Queijaria Vila Belli, de Toledo, conquistou o terceiro lugar na categoria Produtora Rural na etapa nacional do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios (PSMN) 2025, realizada durante o Delas Summit, em Florianópolis (SC).
O evento celebrou histórias inspiradoras de mulheres empreendedoras de todo o país. Ao todo, 35 finalistas foram escolhidas entre 5.308 inscritas, e o Paraná se destacou com três representantes na grande final - o maior número entre os estados. Além de Gelir, o Estado teve Lia Barros, de Curitiba, vencedora nacional na categoria Negócios Internacionais, e Patricia Baudy, da Confidence Semijoias, também da capital, finalista na categoria Pequenos Negócios.
A trajetória de Gelir, de 60 anos, é marcada por coragem e transformação. Moradora da Linha Catuaí, no interior de Toledo, ela decidiu inovar nos negócios da família, tradicionalmente voltados ao cultivo de grãos, e investiu, ao lado da mãe, na produção de leite e queijos artesanais de alta qualidade. Assim nasceu a Queijaria Vila Belli, que hoje produz mais de 500 quilos por mês e possui um portfólio com produtos premiados, como Tomme Negro D’Oeste, Colonial Maturado, Colonial Fresco e Bellagio - este último feito à base de erva-cidreira.
Com o apoio do Sebrae/PR há mais de 20 anos, Gelir transformou o sonho em um negócio consolidado, reconhecido pelo Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), o que permite que seus produtos cheguem a consumidores em todo o Estado.
“Saber de toda a caminhada e representar tantas mulheres do campo é muito gratificante. Quero investir na fábrica para acelerar nossos processos e impulsionar ainda mais o negócio”, comemorou a empreendedora.
O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios conta com cinco categorias: Pequenos Negócios, Microempreendedora Individual (MEI), Produtora Rural, Ciência e Tecnologia e Negócios Internacionais. As vencedoras receberam prêmios de até R$ 30 mil, além de capacitação pelo Empretec, mentorias e participação em missões técnicas.
Para o diretor-técnico do Sebrae/PR, César Rissete, o reconhecimento é mais do que simbólico: “Essas conquistas dão visibilidade a boas práticas e histórias inspiradoras, mostrando o quanto o empreendedorismo feminino precisa de apoio, redes e acesso a conhecimento técnico para prosperar”.
A diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Margarete Coelho, destacou o caráter inclusivo da premiação: “Mais do que impulsionar negócios, o prêmio inspira outras mulheres a acreditarem em seu potencial e investirem em seus sonhos”.
O Paraná vem se destacando nas últimas edições do prêmio. Em 2024, Fabiana Castelari Leme, da Chácara Castelari, de Marialva, foi a vencedora na categoria Produtora Rural, e em 2022, Maria Cristina Cavassin, do Spazio Cris, de Colombo, venceu na categoria MEI.
Com histórias como a de Gelir Maria Giombelli, o Estado reforça seu papel como referência em empreendedorismo feminino, inovação e qualidade no campo.
