A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) conquistou um investimento de R$ 9.299.326,04, viabilizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O recurso foi obtido por meio da chamada pública MCTI/Finep/FNDCT – Infraestrutura de Pesquisa Proinfra 2023 Expansão e visa fortalecer as estruturas multiusuárias da instituição, com foco na sustentabilidade.
O reitor Alexandre Webber destacou que a conquista reflete a qualidade dos pesquisadores e dos programas de pós-graduação da Unioeste. "Esse investimento se soma a outras iniciativas estaduais e reforça a capacidade da universidade de oferecer à comunidade equipamentos avançados, impactando diretamente a ciência, tecnologia e a prestação de serviços", afirmou Webber.
A direção de pesquisa da universidade também enfatizou a importância do aporte financeiro para fortalecer a relação entre academia, setor produtivo e sociedade. "A possibilidade de aquisição de novos equipamentos aprimora não apenas as pesquisas de pós-graduação, mas também viabiliza serviços especializados para empresas regionais, elevando a qualidade dos produtos e processos", destacou o professor Douglas Gragunski.
O financiamento foi direcionado para dois subprojetos principais: o Energias Renováveis (ERen) e o AgriTech Symbiosis Lab, que receberam, respectivamente, R$ 4.947.302,56 e R$ 4.352.023,48. O coordenador geral do projeto, professor Reinaldo Bariccatti, ressaltou que a aprovação foi conquistada graças ao alto nível dos pesquisadores envolvidos. "A multidisciplinaridade do time é essencial, pois biólogos, engenheiros, agrônomos e químicos trazem perspectivas complementares, o que enriquece o processo de pesquisa e amplia seu impacto", afirmou.
Com a crescente demanda energética e os impactos ambientais dos combustíveis fósseis, o subprojeto ERen busca desenvolver soluções baseadas em biomassa, energia solar, eólica e hidrelétrica. "Nosso objetivo é modernizar os laboratórios multiusuários da Unioeste, ampliando a capacidade de pesquisa e servindo como suporte para o desenvolvimento de novas tecnologias", explicou Bariccatti.
Entre as principais metas estão a ampliação do portfólio de serviços prestados à comunidade, a qualificação de programas de pós-graduação na área tecnológica e a intensificação das pesquisas ambientais relacionadas à sustentabilidade energética e agrícola.
Sob coordenação da professora Mônica Lady Fiorese, o AgriTech Symbiosis Lab direciona recursos para a aquisição de equipamentos de ponta, impulsionando estudos na cadeia produtiva agroalimentar. Entre as novas aquisições estão um sistema de filtração por membranas para purificação de biomoléculas, um equipamento de extração por ultrassom e um biorreator para produção de bioinoculantes.
"A pesquisa aplicada nesse segmento pode revolucionar a produção de insumos sustentáveis, beneficiando a indústria alimentícia e promovendo soluções para a segurança alimentar", ressaltou Fiorese.
O projeto conta com apoio estratégico de universidades parceiras nacionais e internacionais, como a Universidade Estadual de Londrina, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná e a Universidade Federal do Paraná, além do Instituto Politécnico de Bragança (Portugal) e da Kyoto Prefectural University (Japão). Essa colaboração internacional fortalece a estrutura de pesquisa da Unioeste e amplia o acesso à inovação tecnológica.
Com a chegada desses investimentos, a Unioeste se posiciona como um polo de excelência em pesquisa e desenvolvimento, favorecendo tanto a academia quanto o setor produtivo regional. "A modernização da infraestrutura trará impactos diretos na formação de profissionais qualificados e no fortalecimento da interação entre universidade, empresas e comunidade", concluiu Bariccatti.