Duzentas escolas públicas do Paraná estão no centro de um projeto inovador voltado à eficiência energética, liderado pelo Programa de Eficiência Energética (PEE) da Copel. Técnicos especializados estão realizando diagnósticos detalhados das instalações elétricas e estruturais das instituições selecionadas, identificando equipamentos obsoletos e avaliando a viabilidade de instalação de sistemas de energia solar.
O levantamento, que se estende até maio de 2025, é a primeira etapa para a elaboração de projetos customizados, adaptados às necessidades específicas de cada escola. Segundo a Copel, a modernização não se limita apenas à redução do consumo energético, mas também promove melhorias em infraestrutura e qualidade do ensino.
Com investimento superior a R$ 40 milhões, o programa beneficiará cerca de 77 mil estudantes, além de professores e funcionários. A substituição de equipamentos antigos por modelos mais eficientes permitirá não apenas economias significativas, mas também a redução de custos de manutenção e a readequação de recursos para outras áreas, como infraestrutura educacional.
Rafael Radaskievicz, gerente do Departamento de Projetos Especiais da Copel, destaca que o impacto do programa vai além das finanças:
“Substituir equipamentos antigos por outros mais eficientes reduz os custos de manutenção, melhora a qualidade da iluminação e do ambiente escolar e proporciona uma experiência de aprendizado mais confortável para os alunos".
A iniciativa não se limita à economia de energia. Para diretores de escolas participantes, o projeto também desperta a consciência ambiental entre os estudantes. Na Escola Municipal Henrique Ghellere, em São Miguel do Iguaçu, que atende cerca de 400 alunos, a diretora Rosineide Alves salienta o impacto pedagógico:
“Esse projeto vai além de benefícios financeiros; ele agrega educação ambiental, promovendo o consumo consciente entre os alunos".
Na mesma linha, a diretora Regiane Fortunato Rosa, da Escola Municipal Professora Izabel Navarro Claro, em Santo Antônio do Paraíso, reforça a importância da ação no contexto de transição energética. “O programa desempenha um papel crucial na construção de um futuro sustentável, impactando positivamente o ambiente e a comunidade".
As escolas foram escolhidas com base em critérios como Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal, desempenho no Ideb e consumo de energia elétrica. Essa análise permitiu priorizar instituições em maior situação de vulnerabilidade e com maior impacto potencial no uso eficiente da energia.
A execução dos projetos elaborados está prevista para começar no último trimestre de 2025, com continuidade até 2027. Durante esse período, os avanços prometem transformar a realidade de instituições como a Escola Municipal Geraldo Caldani, também em São Miguel do Iguaçu. Segundo a diretora Luciana Bassani, “o programa atende às necessidades das famílias, trazendo conhecimentos e oportunidades para evoluir no uso consciente da energia".