O litoral brasileiro, especialmente nas regiões de São Paulo e Santa Catarina, enfrenta um surto preocupante de virose que afeta turistas e moradores locais. Desde o período natalino de 2024, municípios como Praia Grande, Santos, Guarujá, Florianópolis, Itapema, Itajaí e Balneário Camboriú registraram um aumento expressivo de casos envolvendo sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais.
Somente em Praia Grande, a prefeitura reportou cerca de sete mil atendimentos nos últimos dois dias, uma alta de 40% em relação ao mesmo período de 2024. Enquanto isso, em Santa Catarina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) revelou que os registros de casos superaram a média histórica dos últimos cinco anos.
Esse cenário desafiador coincide com a alta temporada, quando milhões de turistas visitam as praias para celebrar a virada do ano. Fatores como a superlotação das praias, o consumo de alimentos de procedência duvidosa e problemas de saneamento são apontados como agravantes.
No Guarujá, a prefeitura notificou a Sabesp sobre possíveis vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da Enseada. A companhia garantiu que os sistemas estão funcionando normalmente, mas prometeu investigar as denúncias.
As autoridades locais intensificaram ações de conscientização, orientando a população a reforçar a higiene pessoal e a evitar praias consideradas impróprias para banho. Paralelamente, a qualidade da água segue sendo monitorada, e as campanhas educativas buscam reduzir os riscos de contaminação.
A lotação das praias e a falta de controle em práticas básicas de higiene são fatores que contribuem para a disseminação desse tipo de virose, que pode sobrecarregar o sistema de saúde local.
A saúde pública tem destacado algumas medidas essenciais para prevenir e tratar os sintomas da virose:
Esse cenário alerta para a necessidade de melhorias estruturais nas áreas afetadas, desde o fortalecimento das redes de saneamento até a ampliação dos serviços de saúde em períodos de alta demanda turística.