A saudade é um dos temas recorrentes na literatura produzida por C. S. Lewis. Sua importância não é reconhecida apenas por causa da frequência com que Lewis escreve sobre ela, mas também porque a saudade em si é algo mais profundo dentro de cada homem, mulher e criança.
Santo Agostinho observou que Deus nos fez para ele mesmo, e nossos corações permanecem inquietos até que encontre nele seu descanso.
As coisas podem passar muitas vezes despercebidas até um momento quase místico, em que aparecem para nós com uma grande clareza. E com a clareza vem uma consciência de realidades além do nosso alcance.
Qualquer coisa pode despertar nosso anseio, e é fácil nos enganarmos, pensando que aquilo que desperta o desejo é realmente o que desejamos.
De fato, as coisas que levam nossos corações a doer de saudade são, em virtude de sua mutualidade – porque são passageiras –, incapazes de satisfazer o anseio que despertam.
Essas coisas existem para nos atrair para Deus, não para servir como substitutos de Deus. São coisas que, conforme escreveu Mateus, “a traça e a ferrugem destroem, e que os ladrões arrombam e furtam”.
Somente Deus, o grande amor de nossas almas, pode nos satisfazer eternamente. Somente Deus pode acender em nossos corações o desejo por ele, e somente por ele não seremos decepcionados.
Primeiros amores, terras distantes, sonhos do futuro – objetos terrenos muitas vezes nos fazem criar expectativas que eles não podem satisfazer.
Só Deus tem a capacidade de nos satisfazer para sempre.
QUE POSSAMOS TER UM AQUIETADO ANO NOVO!
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