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Adesão à Nota Fiscal Eletrônica do Produtor Rural é adiada para fevereiro

A obrigatoriedade para produtores com receitas acima de R$ 360 mil foi adiada para fevereiro, oferecendo mais tempo para adequação ao sistema digital

Por: João Livi
16/12/2024 às 16h42
Adesão à Nota Fiscal Eletrônica do Produtor Rural é adiada para fevereiro
Adesão obrigatória da nota fiscal eletrônica do produtor rural é adiada para fevereiro. Foto: Jaelson Lucas /Arquivo AEN

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) anunciou um novo adiamento no prazo de adesão à Nota Fiscal Eletrônica do Produtor Rural (NFP-e). Produtores rurais que obtiveram receita bruta superior a R$ 360 mil em 2023 ou 2024 agora têm até o dia 3 de fevereiro de 2025 para se adequarem à obrigatoriedade do uso do documento eletrônico em operações internas. A decisão foi publicada recentemente no Diário Oficial da União e surge como resposta às demandas do setor e aos desafios enfrentados pelos agricultores em um período de transição tecnológica.

O que muda para os produtores rurais

A partir de fevereiro, a NFP-e será exigida em:

  • Operações internas: Para produtores que tiveram receita bruta superior a R$ 360 mil em 2023 ou 2024;

  • Operações interestaduais: Independentemente do valor faturado.

Para os demais produtores rurais, a obrigatoriedade será implantada de forma escalonada, passando a valer integralmente apenas em 5 de janeiro de 2026. A implementação gradual visa facilitar o processo de adaptação à nova ferramenta.

Por que a transição para o modelo eletrônico é importante?

A NFP-e, documento exclusivamente digital, substitui gradualmente o modelo tradicional em papel (modelo 4), garantindo as mesmas atribuições fiscais e validade jurídica. Ela foi desenvolvida para atender às demandas de agilidade e eficiência do mercado atual, trazendo diversas vantagens:

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  • Praticidade: Permite a emissão do documento em qualquer lugar com acesso à internet, eliminando a necessidade de deslocamentos até prefeituras.

  • Redução de erros: Automatiza processos e reduz inconsistências fiscais.

  • Sustentabilidade: Diminui o consumo de papel, colaborando para a preservação ambiental.

  • Agilidade: Geração e autorização instantâneas pelo sistema da Receita Estadual.

"A NFP-e representa um significativo passo para a modernização do setor agropecuário, trazendo benefícios tanto para os produtores quanto para a gestão pública fiscal", destacaram os organizadores do Confaz.

Como emitir a NFP-e

Os produtores rurais podem emitir a NFP-e por diferentes plataformas, garantindo flexibilidade e acessibilidade:

  1. Portal Receita PR: Plataforma oficial do governo para emissão e consulta.

  2. Aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF): Solução móvel para maior praticidade.

  3. Softwares de terceiros: Desde que homologados para emissão da NFP-e.

Além disso, a Receita Estadual em conjunto com outras entidades tem promovido treinamentos em diversas regiões do Paraná, como Marechal Cândido Rondon, Maringá e Curitiba, para capacitar os produtores e esclarecer dúvidas sobre o novo sistema.

Adiamentos e desafios do setor

A obrigatoriedade da NFP-e foi inicialmente programada para maio de 2024, mas sofreu dois adiamentos consecutivos. A primeira prorrogação foi motivada pelas chuvas que impactaram o Rio Grande do Sul no início do ano, enquanto a atual decisão busca garantir um prazo maior para os produtores ajustarem seus sistemas e rotinas.

Essa transição não é apenas uma questão tecnológica, mas também cultural. Muitos produtores, especialmente pequenos agricultores e pecuaristas, estão enfrentando dificuldades em se adaptar à digitalização dos processos fiscais.

Treinamento e suporte aos produtores

Para assegurar que todos estejam preparados para essa mudança, o governo estadual tem intensificado as ações de suporte. Durante os treinamentos, temas como emissão de notas, importação de dados e integração de sistemas são abordados de forma detalhada, promovendo maior confiança e segurança no uso da NFP-e.

Com a nova data de obrigatoriedade, espera-se que os produtores rurais aproveitem o tempo adicional para ajustar suas operações e se familiarizarem com as ferramentas disponíveis. Essa preparação é fundamental para garantir que a transição ao ambiente digital ocorra de forma eficiente e beneficie tanto os agricultores quanto a gestão tributária do país.

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