Todos os nove diretores do Banco Central votaram de forma unânime pelo aumento de 1 ponto percentual na Selic, reforçando o compromisso da instituição em alinhar a inflação à meta estabelecida. Esse movimento representa o maior ajuste de juros básicos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”, destacou o comunicado oficial do Banco Central.
A decisão também sinalizou a possibilidade de novos aumentos de 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e março de 2025, evidenciando uma política monetária agressiva para conter as pressões inflacionárias.
O aumento da Selic é uma resposta à necessidade de conter o avanço da inflação, um dos maiores desafios econômicos do país. Com a alta dos juros, espera-se desaquecer a economia, reduzindo o consumo e controlando o aumento dos preços. No entanto, essa estratégia vem acompanhada de impactos, como o encarecimento do crédito e possíveis efeitos negativos sobre o crescimento econômico.
O Banco Central reforçou que a "magnitude do aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta", dependente de fatores como a evolução da dinâmica inflacionária e do cenário econômico global. Com a economia enfrentando desafios internos e externos, o ajuste na Selic é uma tentativa de manter a estabilidade e recuperar a confiança do mercado.
Com as próximas reuniões já indicando novos aumentos, o cenário econômico se desenha com maior cautela para os próximos meses. Especialistas apontam que, embora a alta dos juros seja uma medida necessária para controlar a inflação, ela exige equilíbrio para evitar impactos mais severos sobre o crescimento econômico e o mercado de trabalho.