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PEC da Alforria: outra proposta para alterar a forma de trabalho no Brasil

Ela visa oferecer uma alternativa ao fim da escala 6x1

16/11/2024 às 10h01
Por: João Livi Fonte: Cãmara dos Deputados
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O deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS). Foto: Câmara dos Depuados
O deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS). Foto: Câmara dos Depuados

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Alforria, apresentada pelo deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS), está abrindo caminho para um debate acirrado sobre o futuro das relações de trabalho no Brasil. Inspirada no modelo americano de remuneração por horas trabalhadas, a proposta visa dar aos trabalhadores a opção de escolher entre o regime tradicional da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou um modelo mais flexível, no qual a remuneração é proporcional à carga horária cumprida.

Segundo Marcon, a PEC oferece uma alternativa moderna e eficiente ao regime tradicional, alinhando-se à busca por maior autonomia individual. Apesar disso, a proposta mantém garantias como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias e 13º salário, adaptando-os proporcionalmente ao tempo trabalhado. Essa abordagem, segundo o deputado, reduz a burocracia e reflete as novas demandas do mercado de trabalho.

Um contraponto à jornada 4x3  

A PEC da Alforria surge em oposição à proposta da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que defende a adoção do regime 4x3 (quatro dias de trabalho e três de descanso). Enquanto Hilton argumenta que sua proposta melhora a qualidade de vida dos trabalhadores e aumenta a produtividade, Marcon defende que sua proposta dá mais liberdade de escolha aos empregados, permitindo-lhes adaptar suas jornadas conforme suas realidades pessoais e profissionais.

Apoios e críticas  

Com 70 parlamentares já apoiando a iniciativa, a PEC da Alforria ganhou força no Congresso Nacional. No entanto, críticos levantam preocupações sobre possíveis reduções salariais e o risco de precarização das condições de trabalho. Especialistas alertam que o novo modelo pode beneficiar mais os empregadores do que os trabalhadores, além de trazer impactos econômicos como o aumento de preços em setores sensíveis.

O futuro do trabalho no Brasil  

O debate em torno da PEC da Alforria ilustra a tensão entre a busca por maior flexibilidade no mercado de trabalho e a necessidade de proteger os direitos dos trabalhadores. O resultado das discussões no Congresso será crucial para determinar se o Brasil está preparado para adotar um modelo mais flexível ou se continuará priorizando a estabilidade proporcionada pela CLT.

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