O Brasil se prepara para anunciar uma nova e ambiciosa meta de redução de emissões de gases de efeito estufa na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que será realizada na próxima semana em Baku, Azerbaijão. A nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do país, que estabelece uma meta de redução de 67% das emissões até 2035, será apresentada pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
A nova meta representa um aumento significativo em relação à meta anterior de 59%, refletindo o compromisso do Brasil com o Acordo de Paris, assinado em 2015. Este acordo visa limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais. As metas climáticas do Brasil foram inicialmente estabelecidas em 2020, com objetivos de reduzir as emissões em 37% até 2025 e em 43% até 2030, ambos em comparação aos níveis de 2005.
O Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima destacou que a nova meta é um passo crucial para a promoção de um modelo de desenvolvimento sustentável. A implementação das iniciativas, como o Plano Clima e o Plano de Transformação Ecológica, é fundamental para alcançar a neutralidade climática até 2050.
O Plano Clima, principal instrumento para a implementação da NDC, inclui sete eixos de mitigação e 16 de adaptação, com ações específicas para combater o desmatamento e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Essas ações abrangem desde a recuperação de pastagens degradadas até a promoção de florestas produtivas e a transição energética.
Para viabilizar essa nova visão de desenvolvimento, o governo brasileiro utilizará uma série de instrumentos econômicos, como o Fundo Clima, Títulos Soberanos Sustentáveis, Eco Invest Brasil, Taxonomia Sustentável Brasileira e o Fundo Florestas Tropicais para Sempre. Essas ferramentas financeiras ajudarão a mobilizar recursos e a incentivar investimentos em iniciativas sustentáveis.
A COP29, que começa na próxima segunda-feira (11), reunirá líderes mundiais, especialistas e representantes da sociedade civil para discutir estratégias globais de combate às mudanças climáticas. O Brasil, que assumiu um papel de liderança na conferência, espera inspirar outras nações a adotarem metas mais ambiciosas e a promoverem uma ação climática efetiva.
A apresentação da nova meta do Brasil é um exemplo de como os países podem aumentar gradualmente sua ambição climática, em linha com o princípio do Acordo de Paris. Esse compromisso reforça a posição do Brasil como um líder global na luta contra as mudanças climáticas.
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