O Brasil, que já esteve entre os quatro maiores mercados de veículos leves e pesados do mundo no início da década passada, caiu para a décima posição. De acordo com a Bright Consulting, alinhada com estudos da Anfavea, a recuperação plena ao nível de vendas de 2012 levará cerca de 20 anos.
Em 2012, o Brasil alcançou um pico de vendas de 3,8 milhões de unidades, seguido por uma leve queda de 1% em 2013. Contudo, esse crescimento não era sustentável economicamente, devido a desequilíbrios fiscais e crises políticas subsequentes. A pandemia de covid-19 em 2022 acentuou a queda, com uma redução de 45% nas vendas, totalizando 2,104 milhões de unidades.
A Bright Consulting, sediada em Campinas (SP), estima que o Brasil venderá 2,46 milhões de veículos em 2024. Paulo Cardamone, presidente da consultoria, afirma que "a evolução depende de maior crescimento econômico e de renda". Ele prevê que as vendas no varejo de veículos zero-km atingirão 3,2 milhões em 2030, alcançando volumes similares aos de 2012 apenas após 2032.
Além disso, a Bright Consulting projeta que 72% das vendas serão de veículos híbridos e elétricos. A Fiat, por exemplo, lançará os SUVs Pulse e Fastback, pioneiros dos híbridos básicos flex fabricados no Brasil, na próxima semana. Esses modelos, chamados de Bio-Hybrid, possuem uma bateria de lítio de 12 volts e um sistema de motor elétrico auxiliar, prometendo eficiência e economia de combustível.