Nesta terça-feira, 10 de setembro, a Assembleia Geral da Lar Cooperativa Agroindustrial aprovou a aquisição da Indústria de Esmagamento de Soja da Copagril, em uma decisão histórica para o setor agroindustrial do oeste paranaense. A estrutura, localizada em Marechal Cândido Rondon, tem uma capacidade de esmagamento de 1.200 toneladas de soja por dia, tornando-se um ativo estratégico no fortalecimento da cadeia produtiva de ambas as cooperativas.

A aprovação desta compra pela Lar ocorre poucas semanas após a Assembleia Geral da Copagril, realizada no dia 22 de agosto, onde os associados aprovaram a venda da unidade. Com isso, as negociações entre as diretorias das duas cooperativas avançam para a formalização da transação comercial.

Capacidade ampliada e potencial de crescimento

A unidade industrial passou recentemente por um processo de retrofit, que incluiu modernização de equipamentos e melhorias na infraestrutura. Essa atualização permitiu a ampliação de sua capacidade de esmagamento, que passou de 750 toneladas diárias para as atuais 1.200 toneladas. Essa melhoria coloca a planta em um patamar elevado de competitividade no setor de processamento de soja, um dos mais importantes na economia agrícola brasileira.

Além de aumentar sua capacidade de produção, o retrofit incluiu inovações tecnológicas que visam à eficiência energética e à otimização dos processos, com menor impacto ambiental, refletindo o compromisso das cooperativas com a sustentabilidade e o crescimento sustentável.

Fortalecimento da cadeia produtiva regional

A aquisição representa um passo estratégico tanto para a Lar quanto para a Copagril. Para a Lar, que já possui uma sólida atuação nos mercados de grãos, carnes e insumos agrícolas, a compra da unidade de esmagamento de soja reforça seu portfólio e sua presença no setor de processamento de grãos. Para a Copagril, a venda do ativo possibilita a concentração de investimentos em outras áreas de seu negócio, mantendo o foco no fortalecimento das suas operações de agroindustrialização e no atendimento de seus associados.

A transação também beneficia o cenário econômico local, uma vez que a manutenção e a ampliação de operações como esta geram empregos e impulsionam a economia de Marechal Cândido Rondon e região. A planta de esmagamento é um ponto-chave na agregação de valor à soja produzida pelos agricultores cooperados, resultando em subprodutos essenciais como óleo de soja e farelo, altamente demandados pelo mercado interno e externo.

Próximos passos

Com a aprovação em ambas as assembleias, o próximo passo será o fechamento formal do acordo entre as diretorias das duas cooperativas, que irão trabalhar na transição da gestão da unidade. A operação deve incluir ajustes contratuais e regulatórios, mas ambas as partes têm demonstrado otimismo quanto ao sucesso da transação.

O presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, Irineo da Costa Rodrigues, destacou que a aquisição representa um movimento importante para o futuro da cooperativa. "Com a aquisição dessa unidade moderna e eficiente, consolidamos nossa estratégia de agregar valor à produção dos nossos cooperados, buscando sempre a sustentabilidade e a inovação como pilares do nosso crescimento", afirmou.

A diretoria da Copagril, por sua vez, vê a transação como um avanço estratégico para otimizar seus investimentos. O presidente da Copagril, Eloi Darci Podkova, mencionou que "a venda da unidade de esmagamento faz parte de um plano de reestruturação que visa fortalecer a Copagril em outros setores estratégicos, sem perder de vista o compromisso com os cooperados".

Impacto para os cooperados

Tanto para os associados da Lar quanto da Copagril, a operação é vista como uma oportunidade de fortalecer o papel das cooperativas no mercado, assegurando maior eficiência na cadeia produtiva de soja e garantindo que os cooperados continuem a se beneficiar de melhores condições de comercialização e processamento da produção.

Com o fechamento desta aquisição, a Lar Cooperativa Agroindustrial não apenas amplia sua capacidade produtiva, como também reforça sua posição como uma das maiores e mais influentes cooperativas agroindustriais do país, consolidando o oeste do Paraná como um polo de excelência na produção e processamento de grãos.

A expectativa agora é pelo anúncio oficial dos detalhes finais da transação, que deve ser concluída nas próximas semanas, formalizando a união de forças entre duas das maiores cooperativas da região.