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No Dia Nacional do Conselheiro Tutelar, celebrado em 18 de novembro, três membros da atual gestão do Conselho Tutelar de Marechal Cândido Rondon - Jean Michel Hack, Gleice Ferreira e Mirazélia Schmidt - participaram de uma entrevista especial para esclarecer o papel do órgão e a rotina intensa de atendimento que envolve a defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
O colegiado do mandato 2024–2027 é composto por Jean Michel Hack, Gleice Ferreira, Mirazélia Schmidt, Micheli Schuh e Margaret Weirich.
Coordenador do Conselho, Jean Michel Hack reforçou que o órgão é autônomo, não jurisdicional e previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele destaca que o Conselho garante e zela para que os direitos de crianças e adolescentes sejam respeitados, atuando de forma articulada com a rede de proteção.
“É dever do Estado, da sociedade e da família garantir esses direitos. O Conselho é um dos equipamentos que fiscaliza e aciona a rede para que a lei seja cumprida”, explicou.
As conselheiras Gleice Ferreira e Mirazélia Schmidt explicaram que todas as demandas que chegam ao Conselho têm gravidade e caráter imediato.
Embora muitas situações exijam intervenção rápida, o Conselho não executa serviços diretamente. Ele encaminha para CRAS, CREAS, escolas, saúde, polícia e demais órgãos da rede.
Os entrevistados relataram que o Conselho enfrenta casos sensíveis, como violência sexual, agressões físicas e conflitos familiares. Esses atendimentos afetam diretamente o emocional dos conselheiros.
“Há casos que exigem um tempo para respirar e se reequilibrar. A equipe se apoia internamente para manter a sanidade emocional em dia”, contou Gleice.
A rotina inclui 8 horas diárias, além de plantões de 12 horas, finais de semana e feriados em sistema ininterrupto. “Somos conselheiros 24 horas por dia”, reforçou Mirazélia.
Os conselheiros citaram que a comunidade muitas vezes desconhece as atribuições do órgão, atribuindo ao Conselho funções que não lhe competem - como “buscar crianças”, “punir pais” ou “corrigir adolescentes”.
Eles reforçam que:
Quem educa é a família
A rede existe para apoiar, não substituir
Violência física não é método educativo
Todas as formas de violência devem ser tratadas com seriedade
“Não é nosso papel proteger crianças ‘passando a mão na cabeça’. É garantir que seus direitos sejam respeitados e orientar famílias sobre caminhos legais e seguros”, destacou Mirazélia.
O mandato atual começou em 2024 e segue até 2027. O processo de escolha é rigoroso, incluindo:
Prova de conhecimentos específicos
Avaliação psicológica
Prova de títulos
E, por fim, eleição
Trata-se de um cargo técnico, não político, que exige preparo emocional e perfil adequado para lidar com situações extremas.
Jean, Gleice e Mirazélia reforçaram que qualquer pessoa pode procurar o Conselho Tutelar para denúncias, dúvidas ou orientações relativas à proteção de crianças e adolescentes.
Endereço e contatos:
Rua Dom João VI, nº 1420 - antiga sede da Polícia Militar
Telefone fixo: (45) 3284-2273
Plantão 24h: (45) 99935-2136
“Atendemos para orientar, auxiliar e encaminhar. Não estamos aqui para prejudicar ninguém, mas para apoiar famílias e proteger crianças e adolescentes”, conclui a Jean Michel.