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Conselho Tutelar explica missão, desafios e funcionamento em Marechal Rondon no Dia Nacional do Conselheiro Tutelar

Atual gestão detalha rotina, atribuições e importância da rede de proteção às crianças e adolescentes

Por: João Livi
18/11/2025 às 17h33
Conselho Tutelar explica missão, desafios e funcionamento em Marechal Rondon no Dia Nacional do Conselheiro Tutelar
Conselheiros tutelares Gleice Ferreira, Jean Michel Hack  e Mirazélia Schmidt detalham funções, desafios e a importância da rede de proteção no atendimento às crianças e adolescentes de Marechal Rondon.

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No Dia Nacional do Conselheiro Tutelar, celebrado em 18 de novembro, três membros da atual gestão do Conselho Tutelar de Marechal Cândido Rondon - Jean Michel Hack, Gleice Ferreira e Mirazélia Schmidt - participaram de uma entrevista especial para esclarecer o papel do órgão e a rotina intensa de atendimento que envolve a defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

O colegiado do mandato 2024–2027 é composto por Jean Michel Hack, Gleice Ferreira, Mirazélia Schmidt, Micheli Schuh e Margaret Weirich.

Função essencial prevista no ECA

Coordenador do Conselho, Jean Michel Hack reforçou que o órgão é autônomo, não jurisdicional e previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele destaca que o Conselho garante e zela para que os direitos de crianças e adolescentes sejam respeitados, atuando de forma articulada com a rede de proteção.

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“É dever do Estado, da sociedade e da família garantir esses direitos. O Conselho é um dos equipamentos que fiscaliza e aciona a rede para que a lei seja cumprida”, explicou.

Demandas diárias e prioridade absoluta

As conselheiras Gleice Ferreira e Mirazélia Schmidt explicaram que todas as demandas que chegam ao Conselho têm gravidade e caráter imediato.
Embora muitas situações exijam intervenção rápida, o Conselho não executa serviços diretamente. Ele encaminha para CRAS, CREAS, escolas, saúde, polícia e demais órgãos da rede.

Carga emocional e rotina intensa

Os entrevistados relataram que o Conselho enfrenta casos sensíveis, como violência sexual, agressões físicas e conflitos familiares. Esses atendimentos afetam diretamente o emocional dos conselheiros.

“Há casos que exigem um tempo para respirar e se reequilibrar. A equipe se apoia internamente para manter a sanidade emocional em dia”, contou Gleice.

A rotina inclui 8 horas diárias, além de plantões de 12 horas, finais de semana e feriados em sistema ininterrupto. “Somos conselheiros 24 horas por dia”, reforçou Mirazélia.

Desafios e desinformação sobre o papel do Conselho

Os conselheiros citaram que a comunidade muitas vezes desconhece as atribuições do órgão, atribuindo ao Conselho funções que não lhe competem - como “buscar crianças”, “punir pais” ou “corrigir adolescentes”.

Eles reforçam que:

  • Quem educa é a família

  • A rede existe para apoiar, não substituir

  • Violência física não é método educativo

  • Todas as formas de violência devem ser tratadas com seriedade

“Não é nosso papel proteger crianças ‘passando a mão na cabeça’. É garantir que seus direitos sejam respeitados e orientar famílias sobre caminhos legais e seguros”, destacou Mirazélia.

Como funciona o processo para se tornar conselheiro

O mandato atual começou em 2024 e segue até 2027. O processo de escolha é rigoroso, incluindo:

  • Prova de conhecimentos específicos

  • Avaliação psicológica

  • Prova de títulos

  • E, por fim, eleição

Trata-se de um cargo técnico, não político, que exige preparo emocional e perfil adequado para lidar com situações extremas.

O Conselho está disponível para orientação, denúncias e apoio

Jean, Gleice e Mirazélia reforçaram que qualquer pessoa pode procurar o Conselho Tutelar para denúncias, dúvidas ou orientações relativas à proteção de crianças e adolescentes.

Endereço e contatos:
Rua Dom João VI, nº 1420 - antiga sede da Polícia Militar
Telefone fixo: (45) 3284-2273
Plantão 24h: (45) 99935-2136

“Atendemos para orientar, auxiliar e encaminhar. Não estamos aqui para prejudicar ninguém, mas para apoiar famílias e proteger crianças e adolescentes”, conclui a Jean Michel.

 

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