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Universidade e Associação Paranaense de Raça Holandesa firmam parceria para impulsionar genética e qualidade do leite

Acordo permitirá o registro e o controle genealógico do rebanho da fazenda experimental da instituição, fortalecendo o ensino, a pesquisa e a cadeia produtiva leiteira regional

Por: João Livi
10/11/2025 às 17h57
Universidade e Associação Paranaense de Raça Holandesa firmam parceria para impulsionar genética e qualidade do leite
Professora Maximiliana Zambon, da Unioeste.

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O curso de Zootecnia da Unioeste, Campus de Marechal Cândido Rondon, firmou uma importante parceria com a Associação Paranaense de Criadores da Raça Holandesa (APCBRH). O acordo marca um novo ciclo para a fazenda experimental da instituição, que passará a realizar o registro oficial de seus animais, o controle de genealogia e o acompanhamento genético e produtivo do rebanho.

De acordo com a professora Maximiliane Zambom, responsável pelo campo experimental, a iniciativa representa um salto na qualificação acadêmica e técnica dos alunos e contribui diretamente para o fortalecimento da cadeia leiteira local. “Agora teremos condições de fazer o controle leiteiro e a avaliação completa da composição do leite e do desempenho reprodutivo e produtivo dos animais”, explica.

A docente destaca que os dados obtidos permitirão um manejo mais preciso, auxiliando na seleção de touros e no aprimoramento da qualidade do leite produzido. Atualmente, a fazendinha conta com cerca de 55 animais da raça Holandesa, sendo 35 vacas em lactação, com média de 30 litros de leite por dia, mesmo sob altas temperaturas.

Integração entre pesquisa e campo

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A parceria foi articulada durante o evento Sul Leite, realizado em outubro em Maringá, quando Zambom conversou com o superintendente da APCBRH, Altair Valoto. Segundo ela, o projeto não gera custos para a universidade e também oferece visibilidade para a associação, que poderá demonstrar aos produtores rurais a importância do trabalho técnico que realiza.

Com os registros oficiais, os animais da fazenda poderão participar de feiras e eventos agropecuários, além de gerar novas oportunidades de comercialização. “A partir desses dados, conseguimos avaliar a sanidade e a genética de cada exemplar, identificando possíveis doenças e aprimorando o manejo”, reforça a professora.

Além disso, o projeto contribui diretamente para a formação dos estudantes, que terão contato prático com técnicas de controle zootécnico e de qualidade do leite. “Todos os nossos egressos estão empregados, e parcerias como essa ampliam ainda mais as oportunidades profissionais”, acrescenta Zambom.

Associação reforça compromisso com produtores

A médica-veterinária Brenda, representante da APCBRH, explica que o convênio fortalece o elo entre a pesquisa científica e o setor produtivo. “Essas universidades têm estrutura e dados que nos ajudam a comprovar, na prática, os resultados do nosso trabalho. Essa troca é essencial para evoluirmos juntos”, afirma.

A APCBRH atende atualmente 540 produtores associados, além de oferecer serviços a não associados e à indústria de laticínios. A entidade é responsável por análises de leite fiscalizadas pelo Ministério da Agricultura, enviando relatórios mensais com indicadores de qualidade e produtividade.

De acordo com Brenda, a média de produção das vacas leiteiras no Paraná gira em torno de 36 litros por dia, e o trabalho conjunto com a universidade deve contribuir para melhorar ainda mais esses índices. Entre os próximos passos, está prevista a realização de dias de campo para apresentar os resultados da parceria a produtores da região.

 

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