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Marechal Cândido Rondon, PR
O Paraná vive um dos momentos mais fortes da história de seu setor automotivo, combinando crescimento na geração de empregos, avanço tecnológico e investimentos em capacitação. De acordo com levantamento da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o Estado é atualmente o segundo maior polo automotivo do Brasil, atrás apenas de São Paulo, e figura entre os líderes nacionais em inovação e produtividade.
Em comemoração ao Dia da Indústria Automotiva, celebrado em 10 de novembro, a Fiep apresentou números que evidenciam a força do setor: são 45 mil empregos formais na indústria e 25 mil no setor de reparação automotiva, distribuídos entre mais de 8 mil estabelecimentos em diferentes regiões do Estado.
Somente em 2025, o segmento criou 1.100 novos postos de trabalho na indústria e 712 no setor de reparação, segundo dados do Novo Caged, o que coloca o Paraná entre os três estados que mais abriram vagas no país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.
O polo formado por Curitiba, São José dos Pinhais e Campo Largo abriga montadoras globais e uma rede de fornecedores altamente especializados, que impulsionam o desenvolvimento de tecnologias voltadas à mobilidade inteligente e à transição energética.
“O impacto vai além da produção e reparação de veículos. O setor gera emprego, renda, conhecimento e movimenta toda uma cadeia de inovação que envolve metalmecânica, eletrônica, energia e tecnologia”, destaca Carlos de Paula, coordenador do Conselho Setorial Automotivo da Fiep.
O segmento representa 11% do PIB industrial do Paraná e 10,7% do PIB automotivo nacional, de acordo com dados do IBGE. Nas exportações, o Estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional, respondendo por 13% das vendas externas de veículos brasileiros. Os principais destinos são Argentina (47%), Peru (15%), Colômbia (11%), Chile (9%), México (6%) e Uruguai (5%).
Com o avanço dos veículos eletrificados e conectados, cresce a necessidade de mão de obra especializada - um dos maiores desafios atuais da indústria automotiva. Para atender a essa demanda, o Senai Paraná, em parceria com a Fiep, tem ampliado seus programas de formação e aperfeiçoamento técnico em áreas como automação, eletrônica veicular, eletromobilidade e manufatura avançada.
“A inovação começa pelas pessoas. Formar profissionais capazes de lidar com novas tecnologias é o grande diferencial competitivo do setor automotivo”, reforça Carlos de Paula.
O Estado conta com um dos ecossistemas mais completos do país para o desenvolvimento da mobilidade, reunindo montadoras globais, universidades, centros de pesquisa em engenharia e o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, referência nacional em soluções para energia e mobilidade elétrica.
Entre os cursos técnicos mais procurados pelo Senai estão Automação Industrial, Eletromecânica, Eletrônica, Manutenção Automotiva, Mecatrônica, Qualidade, Logística e Segurança do Trabalho.
O Conselho Setorial Automotivo da Fiep atua como uma ponte entre indústria, governo e instituições de ensino, articulando projetos voltados à descarbonização, digitalização e eficiência energética.
“O Conselho conecta quem produz com quem pesquisa e forma. Essa integração é essencial para preparar o setor para os próximos dez ou quinze anos”, afirma De Paula.
Durante a semana de 10 a 14 de novembro, o Sistema Fiep realiza uma série de ações para valorizar o segmento, com foco em inovação e qualificação. O objetivo é reforçar o papel estratégico da indústria automotiva na geração de empregos e no desenvolvimento tecnológico do Paraná.
“O setor automotivo é uma das portas mais promissoras do mercado de trabalho porque une conhecimento e crescimento profissional. É um ambiente que valoriza a inovação e oferece carreiras sólidas e bem remuneradas”, conclui Carlos de Paula.
