
A indústria do Paraná segue como um dos principais motores da economia estadual. Em setembro de 2025, o setor gerou 2.026 novos empregos com carteira assinada, segundo dados do Novo Caged, divulgados nesta quinta-feira (30). O resultado mantém a indústria entre os segmentos que mais contribuem para o dinamismo do mercado de trabalho, mesmo em um cenário de juros elevados e incertezas econômicas globais.
Com o desempenho do mês, o número de trabalhadores formais na indústria paranaense chegou a 999.925 vínculos ativos. Os setores da indústria de transformação e da construção responderam juntos por 16,8% das novas vagas formais no Estado. A indústria geral representou 13,2% do total de contratações, enquanto a construção civil foi responsável por 3,6%.
Apesar do saldo positivo, o resultado representa uma desaceleração de 62% em relação a setembro do ano passado, quando o Paraná havia criado 5.271 postos industriais. No acumulado de 2025, o Estado soma 37.045 novas vagas, volume 35% inferior ao registrado entre janeiro e setembro de 2024.
Segundo a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o desempenho reflete a resiliência do setor, que continua reagindo mesmo diante das pressões econômicas e de oscilações na demanda em cadeias estratégicas.
Em setembro, os segmentos que mais contribuíram para o saldo positivo foram:
Serviços especializados para a construção: +824 vagas;
Fabricação de produtos alimentícios: +792 vagas;
Manutenção de máquinas e equipamentos: +412 vagas;
Construção de edifícios: +354 vagas.
No acumulado do ano, o setor alimentício lidera a geração de empregos, com quase 8.500 novas vagas, seguido por serviços especializados para construção (4.900), construção de edifícios (3.400), confecção e vestuário (2.200) e manutenção de máquinas e equipamentos (2.100).
Por outro lado, setores como obras de infraestrutura (-743), produtos de madeira (-723) e veículos automotores (-400) registraram retração no mês. A queda mais expressiva foi na indústria madeireira, impactada pelo cenário externo desfavorável e pela redução nas exportações.
A projeção da Fiep é de que o último trimestre de 2025 traga aceleração nas contratações, impulsionada por investimentos industriais, expansão de plantas produtivas e pela sazonalidade do fim de ano, com datas como Black Friday, Natal e Ano Novo movimentando o mercado.
A entidade destaca que a diversificação da base produtiva do Paraná - com destaque para os segmentos de alimentos, construção e vestuário - garante ao Estado competitividade e capacidade de reação frente aos desafios econômicos.