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Dr. Hippi recebe título de cidadão honorário em noite de emoção na Acimacar

Cerimônia reconheceu a trajetória de mais de 50 anos dedicados à medicina e à comunidade rondonense

Por: João Livi
30/10/2025 às 08h33 Atualizada em 30/10/2025 às 08h54
Dr. Hippi recebe título de cidadão honorário em noite de emoção na Acimacar
Dr. Dietrich Rupprecht Seyboth, o querido “Doutor Hippi”, recebeu o título de Cidadão Honorário em cerimônia realizada na Acimacar, cercado por familiares, amigos e autoridades municipais. (Fotos: Diculgação/Câmara Municipal)

Na noite desta quarta-feira (29), o médico Dietrich Rupprecht Seyboth, conhecido popularmente como “Doutor Hippi”, foi homenageado com o título de Cidadão Honorário de Marechal Cândido Rondon.
A cerimônia, organizada pelo Poder Legislativo, aconteceu no auditório da Acimacar e reuniu familiares, amigos, lideranças locais e representantes de diversas entidades, em um encontro repleto de emoção e reconhecimento.

O Poder Executivo foi representado pelo secretário municipal de Administração, Valmir Monteiro. Também compuseram a frente de honra os ex-prefeitos Marcio Rauber e Dieter Seyboth - este, irmão do homenageado.
A honraria foi concedida por meio do Projeto de Decreto-Legislativo nº 3/2023, de autoria dos vereadores João Eduardo dos Santos (Juca) e Arion Nasihgil, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade rondonense ao longo de cinco décadas de atuação médica.

Legado e reconhecimento

Durante os pronunciamentos, os vereadores Arion Nasihgil, Juca e o presidente da Câmara, Valdir Sachser (Valdirzinho), destacaram o legado do médico, tanto no exercício profissional quanto no engajamento social.
Segundo eles, a trajetória do Doutor Hippi perpetua o espírito empreendedor e comunitário da família Seyboth, que desde o início da colonização ajudou a construir a história de Marechal Cândido Rondon e do Oeste do Paraná.

O discurso do mais novo cidadão honorário foi lido por sua filha, Ana Carolina Seyboth, e marcou um dos momentos mais comoventes da noite. Na mensagem, Doutor Hippi, que completou 80 anos nesta semana, falou sobre sua trajetória e deixou uma mensagem inspiradora à juventude rondonense:

“Se me permitem uma palavra aos mais jovens: estudem. Encontrem uma causa. Cuidem das instituições. A cidade precisa de vocês, sempre. E, quando a vida exigir uma decisão difícil, lembrem: o interior do Brasil também é lugar de excelência, de ciência, de oportunidades e de humanidade”.

Biografia e trajetória

Nascido na Alemanha em 1945, Doutor Hippi chegou à antiga Vila de General Rondon em 1952, com os pais Friedrich e Ingrun Seyboth, pioneiros que fundaram o primeiro hospital da região - hoje o Hospital e Maternidade Filadélfia.
Formado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP) em 1972, com especializações em Anestesiologia, Emergência Médica e Gestão de Bancos de Sangue, retornou à cidade em 1974, onde atuou como médico generalista e anestesiologista, atendendo milhares de pacientes e contribuindo para o desenvolvimento da saúde local.

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Além da atuação clínica, também foi sócio-administrador dos hospitais Marechal Cândido Rondon e Filadélfia, e integrou o quadro societário de outras empresas da área médica.
Em 2024, recebeu o Prêmio Mérito Ético Profissional do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), reconhecimento à sua conduta exemplar ao longo de cinco décadas de serviço.
Membro mais antigo do Lions Club Marechal Cândido Rondon, é conhecido por seu envolvimento em ações sociais e comunitárias. Casado com Maria Carolina Rossi Hildebrand Seyboth, é pai de Ana Carolina, Ricardo, Ana Cecília e Eduardo, e avô de sete netos.

Um discurso para a história

O discurso lido por sua filha Ana Carolina Seyboth emocionou o público ao relembrar passagens da infância, juventude e trajetória profissional do homenageado.
Nele, Doutor Hippi fez um relato tocante sobre sua chegada ao Brasil, a formação em medicina e o amor pela cidade que o acolheu - encerrando com palavras de gratidão:

“Encerrando, digo com serenidade: não há honraria maior para um imigrante do que ser abraçado pela cidade que escolheu. Marechal Cândido Rondon não é apenas o lugar onde morei. É a cidade que me construiu - e que eu pude, com tantos, ajudar a construir. Recebo este título como quem recebe um abraço. Da cidade para mim. E de mim para a cidade. Muito obrigado”.

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