A violência contra as mulheres é uma realidade dolorosa que afeta milhares de vidas todos os dias. É uma questão que vai além das fronteiras domésticas, atingindo o coração de nossa sociedade. Para combater esse mal, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), desenvolveu uma cartilha educativa: "Violência contra as Mulheres: Informe-se! Saiba o que Fazer e como Prevenir”.
Conhecimento é a chave para a mudança
Esta cartilha foi criada com um propósito claro: “informar e orientar” Oobjetivo é fornecer informações acessíveis e práticas para que todos saibam como prevenir e agir em situações de violência doméstica, sexual e obstétrica contra as mulheres. Além disso, a cartilha oferece estratégias para promover uma “Cultura de Paz” essencial para transformar a realidade que muitas mulheres enfrentam.
"É uma cartilha orientadora, pedagógica, que traz um assunto muito crítico, mas de uma maneira clara e acessível," afirma Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa.
Quebrando o ciclo da violência
A violência contra as mulheres assume muitas formas – física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. É crucial entender que o ciclo da violência é complexo e muitas vezes se perpetua através da escalada de tensão e uma fase ilusória de "lua de mel".
"Acreditamos que a informação é a principal forma de acabar com a violência praticada contra as mulheres. Desta forma, esperamos que essa cartilha seja utilizada pelas mulheres como uma ferramenta que contribua para a mudança e transformação do cenário em que se encontram, e assim possam buscar os caminhos para a interrupção do ciclo da violência," explica Elaine Cristina Vieira, coordenadora de Promoção da Saúde da Sesa.
“Expressões, como 'em briga de marido e mulher ninguém mete a colher' ou 'a mulher vítima de violência doméstica está nessa situação porque gosta de apanhar', são comuns no nosso dia a dia e colaboram para a reprodução da violência em nossa sociedade. Muitas mulheres que sofrem violência doméstica não apenas são vítimas em suas casas, mas também são revitimizadas pela sociedade, família, amigos e colegas de trabalho, sendo responsabilizadas pela situação em que se encontram. Porém, o que essas mulheres precisam é de acolhimento, escuta sem julgamento e proteção. O caminho para sair dos ciclos da violência doméstica muitas vezes é longo e cada passo é importante," reforça a cartilha.
Ferramentas e recursos para combater a violência
Na cartilha também destaca os caminhos de denúncia e os recursos disponíveis para as mulheres. É fundamental conhecer os telefones úteis e os locais da Rede de Atenção à Saúde do Paraná que podem oferecer ajuda. Em situações de emergência, a orientação é clara: ligue para a Polícia Militar no 190.
Um chamado à ação
A violência de gênero é uma das formas mais cruéis de violência, com impactos devastadores na vida das mulheres, comprometendo sua identidade, segurança e bem-estar. A forma mais comum de violência é aquela praticada por parceiros íntimos, sendo responsável por uma alta taxa de feminicídios no mundo.
Junte-se na luta pela justiça e pela paz
Cada um tem um papel na construção de uma sociedade livre de violência. Informe-se, compartilhe o conhecimento e, acima de tudo, esteja presente para apoiar e proteger as mulheres em sua comunidade.
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