O Paraná consolidou sua posição como protagonista da pecuária brasileira em 2024. Segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quinta-feira (18) pelo IBGE, o Estado tem nove cidades entre as principais produtoras do País em diferentes atividades. Entre elas, Toledo e Marechal Cândido Rondon, no Oeste, aparecem como referências na suinocultura e nos galináceos, setores que sustentam a economia da região e projetam o Paraná como líder em proteína animal.
A pecuária paranaense cresceu 8,7% em relação a 2023, com o valor da produção ultrapassando R$ 17,3 bilhões. Do total, R$ 15,3 bilhões vieram de produtos de origem animal, alta de 6,61%, enquanto a aquicultura somou R$ 2 bilhões, crescimento de 28,25%. O desempenho reforça a diversificação do setor e o papel estratégico do Paraná no abastecimento nacional e internacional.
O destaque regional fica para Marechal Cândido Rondon, que figura como o terceiro maior produtor de suínos do Brasil, com 576 mil cabeças em 2024. Toledo, cidade vizinha, lidera o ranking nacional com quase 950 mil animais. O desempenho da suinocultura evidencia a força do Oeste paranaense, que responde por grande parte da produção do Estado e contribui para consolidar o Paraná como o segundo maior rebanho do País, atrás apenas de Santa Catarina.
Além dos suínos, o Estado também alcança números expressivos em outras cadeias produtivas:
Galináceos: recorde histórico com 455 milhões de aves, quase 29% do total nacional. Toledo ocupa a quarta posição no ranking brasileiro.
Leite: Castro e Carambeí lideram o País, com mais de 777 milhões de litros produzidos juntos em 2024.
Piscicultura: Paraná é líder nacional, responsável por 27% da produção de peixe, puxada pela tilápia. Nova Aurora, Palotina e Assis Chateaubriand estão entre os cinco maiores produtores.
Mel: novo recorde com 9,8 mil toneladas, colocando Arapoti e Ortigueira entre os maiores produtores do País.
Seda: responsável por 89% da produção nacional de casulos de bicho-da-seda, o Paraná segue absoluto no setor.
Os números comprovam que o Oeste do Paraná é um dos motores da pecuária nacional, com cidades que combinam tradição, tecnologia e eficiência produtiva. O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou que “o Paraná é o supermercado do mundo”, enquanto o secretário estadual da Agricultura, Marcio Nunes, ressaltou que os ganhos da atividade fortalecem diretamente a economia e a qualidade de vida da população paranaense.
Suínos (cabeças)
Toledo (PR) – 949.984
Uberlândia (MG) – 623.933
Marechal Cândido Rondon (PR) – 576.000
Concórdia (SC) – 517.700
Tapurah (MT) – 407.087
Galináceos (cabeças)
Santa Maria de Jetibá (ES) – 17.477.126
São Bento do Una (PE) – 14.933.819
Bastos (SP) – 13.650.920
Toledo (PR) – 12.071.286
Uberlândia (MG) – 12.040.000
Leite (litros)
Castro (PR) – 484.375
Carambeí (PR) – 293.118
Patos de Minas (MG) – 226.881
Patrocínio (MG) – 163.419
Coromandel (MG) – 139.548
Peixes (kg)
Morada Nova de Minas (MG) – 30.000.000
Nova Aurora (PR) – 23.305.400
Jatobá (PE) – 16.000.000
Palotina (PR) – 15.321.000
Assis Chateaubriand (PR) – 14.734.500
Mel de abelha (kg)
Santa Luzia do Paruá (MA) – 1.181.502
Arapoti (PR) – 1.125.130
Santana do Cariri (CE) – 940.000
São Raimundo Nonato (PI) – 922.344
Ortigueira (PR) – 805.000