A safra paranaense 2025/26 deve começar com sinais positivos para as duas culturas mais importantes do Estado: soja e milho. A primeira Previsão Subjetiva de Safra, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), projeta aumento de área e produção para ambas, enquanto o feijão perde espaço no campo.
O Paraná deve plantar 5,79 milhões de hectares de soja, ligeira alta de 0,6% em relação ao ciclo anterior. A produção estimada é de 22,05 milhões de toneladas, 4,23% a mais que as 21,1 milhões colhidas em 2024/25. A oleaginosa responde por mais de 90% da área total destinada aos grãos no Estado.
O plantio da soja será liberado conforme o fim do vazio sanitário da ferrugem asiática: em 1º de setembro para as regiões Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste; em 11 de setembro para o Sudoeste; e em 20 de setembro para Sul, Leste, Campos Gerais e Litoral.
Depois de mais de uma década de retração, o milho recupera espaço relevante na safra de verão. A área plantada deve chegar a 315 mil hectares, alta de 12,1% em comparação ao ciclo anterior. A produção esperada é de 3,22 milhões de toneladas, avanço de 5,5%.
Já o feijão recua para 111 mil hectares, queda de 34% sobre os 168 mil hectares da safra passada, quando houve um aumento atípico de área impulsionado pelas exportações. A produção prevista é de 218 mil toneladas, bem abaixo das 337,6 mil toneladas colhidas em 2024/25.
Batata: 16,3 mil hectares devem render 517,1 mil toneladas, queda de 11%.
Tomate: previsão de 174,7 mil toneladas na primeira safra, além de 92,6 mil toneladas na segunda, 16% a menos que no ano anterior.
Cebola: com área reduzida em 15%, deve gerar 108 mil toneladas.
Cana-de-açúcar: área ampliada para 511,5 mil hectares, com estimativa de 39,1 milhões de toneladas, 6% a mais.
Mandioca: expansão de 7% da área, alcançando 85,3 mil hectares, com produção projetada em 217,5 mil toneladas (+11%).
O Boletim de Conjuntura Agropecuária da semana também traz informações sobre pecuária e exportações. O cordeiro vivo foi comercializado em julho a R$ 14,30/kg no Paraná, contra R$ 15,10 em junho. Os suínos de corte, quinto produto agropecuário mais importante do Estado, movimentaram R$ 8,82 bilhões em Valor Bruto de Produção (VBP) em 2024, aumento de 4,3% frente ao ano anterior.
Outro destaque foi o mel: o Paraná exportou 4.637 toneladas entre janeiro e julho, com receita de US$ 15,2 milhões. O volume foi mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2024.