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Inovação e tecnologia marcam a primeira telecirurgia da América Latina, realizada no Paraná

Experimento em Cascavel conectou médicos a mais de 470 km de distância e abre caminho para uma revolução na medicina

Por: João Livi Fonte: Sebrae/PR
20/08/2025 às 10h55
Inovação e tecnologia marcam a primeira telecirurgia da América Latina, realizada no Paraná
Primeira telecirurgia robótica da América Latina, realizada em Cascavel, conecta médicos a 470 km de distância e projeta o Paraná como referência em inovação na saúde. (Foto: Thiago Leandro)

O Paraná entrou para a história ao sediar a primeira telecirurgia robótica do Brasil e da América Latina. O procedimento experimental, realizado em 13 de agosto no Centro de Oncologia de Cascavel (Ceonc), conectou médicos localizados a mais de 470 quilômetros, em Campo Largo, por meio de tecnologia de ponta.

No comando da cirurgia, o médico Paolo Salvalaggio, de São Paulo, operou o robô cirúrgico MP1000, da Edge Medical, equipamento importado da China. A ação foi supervisionada pelo especialista em cirurgia robótica Leandro Totti. Enquanto isso, a equipe de Campo Largo acompanhava e dava suporte em tempo real aos comandos.

O paciente experimental foi um porco, submetido a uma cirurgia de remoção de vesícula biliar, dentro de protocolos internacionais de segurança. A iniciativa foi acompanhada por profissionais da saúde, professores de medicina, empresários e representantes do ecossistema de inovação.

União de forças

O projeto-piloto é resultado de uma parceria entre o Centro de Treinamento Cirúrgico Scolla, a Ortoteck (importadora brasileira da Edge Medical), o Governo do Paraná, a Unioeste e o movimento Iguassu Valley. Segundo os organizadores, o objetivo é democratizar o acesso à cirurgia robótica e transformar a forma como médicos e estudantes terão contato com procedimentos complexos.

A conquista só foi possível após anos de desenvolvimento e ao menos cinco viagens à China em busca da tecnologia adequada. “A telecirurgia permite que especialistas, mesmo a centenas de quilômetros, possam assistir, auxiliar ou realizar operações. É uma verdadeira revolução”, destacou Jadson Siqueira, do Iguassu Valley.

Perspectivas para a saúde

O projeto promete impactar a formação de novos médicos e aprimorar procedimentos minimamente invasivos. A expectativa é de que, após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a prática seja aplicada em humanos.

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Segundo o fundador do Ceonc, Reno Paulo Kunz, a iniciativa mostra como a união de profissionais, instituições e empresas pode transformar a saúde. Já o Sebrae/PR, parceiro do Iguassu Valley, reforça que o avanço é exemplo de como inovação e empreendedorismo podem gerar desenvolvimento social e econômico para a região.

Próximos passos

O modelo testado será agora avaliado por um comitê de ética da Anvisa, etapa necessária antes da liberação para cirurgias em humanos. Até lá, segue como projeto-piloto, mas com potencial de posicionar o Oeste do Paraná como referência mundial em telecirurgia.

 

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