Imagine poder adquirir uma fração de um edifício comercial com apenas R$ 10, receber aluguéis proporcionais, e vender sua cota quando quiser, tudo isso com a segurança de uma transação bancária, mas na velocidade da era digital. Esse cenário não é apenas uma projeção: já é realidade com a tokenização imobiliária, uma inovação que promete redesenhar as bases da construção civil e do mercado de investimentos em imóveis.
À frente desse movimento em Marechal Cândido Rondon, está o empresário Pedro Haag, da 10k Investimentos, que aposta na união entre tecnologia e patrimônio físico para gerar oportunidades mais acessíveis, rápidas e seguras para investidores de todos os perfis.
O que é tokenização imobiliária?
A tokenização consiste em transformar um imóvel em ativos digitais fracionados, chamados tokens. Cada token representa uma pequena parte de um bem real - como uma casa, terreno ou prédio e pode ser comprado ou vendido em plataformas digitais baseadas em blockchain, com registro imutável e rastreável de todas as transações.
Essa nova estrutura permite que o investimento imobiliário, historicamente associado a altos valores e burocracias, seja acessado com poucos cliques, por qualquer pessoa ou empresa, de forma direta e transparente.
“Estamos diante de uma das maiores disrupções do setor. Tokenizar é democratizar o acesso ao patrimônio, é colocar o poder de investimento na palma da mão de quem antes só observava de fora”, comenta Haag.
Aplicabilidade na prática
Na prática, funciona assim:
Um imóvel é avaliado e registrado.
É dividido em centenas ou milhares de tokens digitais.
Esses tokens são vendidos por meio de plataformas especializadas.
Os compradores passam a receber rendimentos proporcionais (aluguéis, lucros com valorização ou venda do bem), automatizados por contratos inteligentes (smart contracts).
No Brasil, exemplos já estão em operação:
Um edifício comercial em São Paulo dividido em 100 mil tokens de R$ 10;
Um prédio residencial de alto padrão com cotas de R$ 1.000;
Um shopping no Rio de Janeiro e uma fazenda no Mato Grosso também já foram fracionados digitalmente.
Embora o mercado de tokens ainda esteja em processo de regulação, o Brasil avança em marcos legais que dão base a esse novo cenário. A CVM já reconhece tokens como valores mobiliários, desde que enquadrados nas normas de crowdfunding (Instrução CVM 88). Já a Lei de Criptoativos (2022) estabelece respaldo jurídico para ativos digitais, e os cartórios e registros públicos caminham para integração com a blockchain, o que pode acelerar e dar ainda mais segurança às operações.
“A legislação brasileira está se ajustando. Estamos presenciando o surgimento de um novo ecossistema financeiro, onde construção civil, tecnologia e regulação caminham juntos”, avalia o empresário.
A tokenização traz benefícios estratégicos para o setor da construção civil e seus investidores:
Liquidez: possibilidade de vender frações com facilidade;
Acessibilidade: investimento a partir de valores baixos;
Transparência: todas as transações registradas em blockchain;
Agilidade: eliminação de burocracias tradicionais;
Captação descentralizada: construtoras podem obter recursos diretamente do público, sem depender apenas de bancos ou fundos.
Empresas como a 10k Investimentos já estudam modelos de empreendimentos tokenizados em Marechal Cândido Rondon e região, abrindo espaço para que a cidade seja referência nesse movimento emergente.
Para onde estamos indo?
O futuro aponta para um mercado global, digital e descentralizado. Em pouco tempo, será possível adquirir uma fração de um imóvel em Nova York, Buenos Aires ou Dubai pelo celular, com total respaldo jurídico e operacional. Esse cenário projeta uma indústria mais democrática, tecnológica e conectada.
Para Pedro Haag, o que parece distante está mais próximo do que se imagina:
“A tokenização já é realidade. Cabe à indústria local se adaptar e liderar esse movimento. Aqui em Marechal, temos estrutura, visão e capacidade para nos tornarmos um polo de inovação na construção civil”.