Marechal Cândido Rondon fechou o primeiro quadrimestre de 2025 com arrecadação acima do esperado. De janeiro a abril, os cofres públicos receberam R$ 151.543.000,78 — montante superior à previsão orçamentária para o período, que era de R$ 137.606.136,40.
Os dados foram apresentados na audiência pública realizada na última quinta-feira (29) pela Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara Municipal. A exposição ficou a cargo do secretário da Fazenda, Carmelo Daronch, e do contador da Prefeitura, Maico Heck. O encontro contou ainda com a participação dos vereadores Cristiano Metzner (Suko), Luis Carlos Silva (Carlinhos), Welyngton Alves da Rosa (Coronel Welyngton), Fernando Nègre, Marcos Spohr (Sargento Spohr) e Tânia Maion.
Embora as receitas tenham superado as expectativas, as despesas do município também extrapolaram os limites. Enquanto o orçamento previa gastos de R$ 160.054.907,06 no quadrimestre, as despesas empenhadas chegaram a R$ 237.605.192,86 — uma diferença de mais de R$ 77 milhões.
Apesar do expressivo aumento nas despesas, o relatório financeiro aponta que a saúde fiscal do município se mantém estável. Atualmente, Marechal Rondon possui uma disponibilidade de caixa de R$ 201 milhões. Deste total, R$ 96 milhões são recursos vinculados, destinados a aplicações específicas, e outros R$ 105,6 milhões são recursos livres, que podem ser utilizados conforme a necessidade da administração.
O balanço apresentado detalha que a Prefeitura arrecadou R$ 140,6 milhões no período, frente a despesas de R$ 216 milhões. Um ponto positivo destacado foi o comprometimento com a folha de pagamento, que representou 41,98% da Receita Corrente Líquida — bem abaixo do limite máximo de 54% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
No Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), a arrecadação ficou abaixo do esperado: R$ 10,5 milhões, frente à meta de R$ 13 milhões. Já as despesas somaram R$ 17,3 milhões, superando os R$ 16,4 milhões previstos.
O Fundo Municipal de Desenvolvimento (FMD) arrecadou R$ 279,9 mil, sem registrar despesas no quadrimestre. Por outro lado, a Fundação Promotora de Eventos (Proem) arrecadou R$ 32,1 mil, mas as despesas chegaram a R$ 1,6 milhão.
A Câmara de Vereadores, que não possui fonte de arrecadação própria, apresentou despesas de R$ 2,4 milhões, abaixo dos R$ 3,8 milhões orçados.
O relatório também apresentou os investimentos nas áreas de Educação e Saúde, que possuem aplicação mínima obrigatória, conforme determina a legislação.
Na Educação, foram aplicados R$ 21,8 milhões, o equivalente a 22,67% das receitas provenientes de impostos e transferências. O índice ficou abaixo dos 25% exigidos por lei, porém, segundo a Secretaria da Fazenda, o cumprimento desse percentual ocorrerá até o final do exercício.
Já na Saúde, os investimentos alcançaram R$ 21,7 milhões, representando 22,6% da arrecadação — percentual bem acima dos 15% mínimos obrigatórios.