Selo de reconhecimento: empresas e instituições do Paraná em destaque por ações em prol das mulheres

O Selo de Boas Práticas no Combate à Violência contra Mulheres foi lançado no Palácio Iguaçu nesta terça-feira (13), com o apoio do Governo do Estado. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Instituto Nós Por Elas (NPE) promovem a certificação de empresas que se dedicam a combater e prevenir a violência contra as mulheres.

Na cerimônia, o vice-governador Darci Piana e a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), Leandre Dal Ponte, assinaram um protocolo de intenções no qual o Estado se compromete a ajudar a promover o selo entre as empresas, instituições e organizações públicas do Paraná. Além disso, foi firmada uma parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para ajudar a ABNT a certificar as empresas que desejam obter o selo.

"Se o Paraná não se comprometesse com questões como esta, ser o estado com maior crescimento do país seria inútil. Isso é o motivo pelo qual estamos apelando a todos os setores da economia do Paraná, por meio de suas empresas, a se unirem a nós nesta luta. Darci Piana afirmou que a união de esforços visa cada vez mais reduzir a violência contra as mulheres no Paraná.

Independentemente de sua dimensão, localização e natureza empresarial, a certificação é aplicável a qualquer organização, pública ou privada. Selos bronze, prata, ouro ou platina podem ser usados para descrever as empresas.

Dependendo da quantidade de medidas tomadas para proteger as mulheres contra a violência, as empresas podem ser classificadas como bronze, prata, ouro ou platina.

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A gente tem incentivado cada vez mais as vítimas de ataques violentos a procurar os canais de denúncia aqui no Estado. Entre janeiro e maio, foram registrados mais de 90 mil casos de violência contra a mulher. Leandre Dal Ponte disse: "Mas além de combater esta situação, precisamos fomentar o compromisso da sociedade como um todo na prevenção e no acolhimento deste público. Por isso, o Paraná sai na vanguarda ao promover este selo".

Seleção

O Instituto Nós Por Elas estabeleceu os requisitos para a adesão. Ao todo, a certificadora tem 14 itens para avaliar o grau de comprometimento com a prevenção e combate à violência contra a mulher. A avaliação da conformidade com os requisitos é certificada pela ABNT.

Os requisitos incluem incentivar a educação dos funcionários, treinar os funcionários para receber e enviar denúncias, implementar regras de conformidade e criar bancos de talento dedicados às vítimas de violência doméstica. O site do Instituto Nós Por Elas oferece acesso aos quatorze padrões.

A adesão pode ocorrer gradualmente. A organização pode primeiro verificar quais requisitos ela já cumpre. A presidente do Instituto Nos Por Elas, Natalie Alves, explicou: "Depois, ver quais ela consegue desenvolver a curto prazo para, então, traçar um plano para cumprir os outros requisitos a longo prazo, por isso a certificação tem diferentes níveis".

Ao usar o selo, as empresas obtêm reconhecimento social por ações que se concentram nas mulheres, principalmente por fornecer um ambiente de trabalho favorável e por aderir à Agenda 2030, ODS 5, Igualdade de Gênero.

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As mulheres geralmente passam mais tempo no trabalho do que em casa. Portanto, o local de trabalho deve ser um lugar onde ela possa se sentir segura para apresentar essas reclamações. Uma mulher corria o risco de ser demitida se sofresse violência em casa e tivesse que faltar ao trabalho. A presidente do instituto comentou: "Hoje, a empresa pode ser um ponto focal para ajudá-la".

Comprovação

No Estado do Paraná, a iniciativa é apoiada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) e já foi apoiada por várias entidades de classe, como Fecomércio, Sebrae, ACP, Fetranspar, Ocepar, Faciap e Fiep. Eles também assinaram o protocolo de intenções para promover o selo no Estado.

A salvação das mulheres exige que toda a sociedade esteja unida no mesmo objetivo. A fundadora do Instituto Nos Por Elas, a atriz Luiza Brunet, afirmou: "Os índices de violência contra a mulher mostram que esse é um crime que só cresce no Brasil, então isso mostra que é um problema que diz respeito a toda a sociedade, como governos, entidades e empresas".

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