O Dia do Trabalho, celebrado em 1º de maio em dezenas de países ao redor do mundo, tem origem em um episódio marcante da história dos direitos trabalhistas. A data homenageia a luta de trabalhadores que, no final do século 19, reivindicaram melhores condições de trabalho, especialmente a jornada de oito horas diárias.
A origem da celebração remonta ao ano de 1886, nos Estados Unidos, quando milhares de trabalhadores organizaram uma série de protestos em Chicago, exigindo a redução da jornada de trabalho, que naquela época frequentemente ultrapassava 12 horas por dia. O movimento ganhou força, mas foi brutalmente reprimido pelas autoridades. No dia 4 de maio daquele ano, durante uma manifestação na Praça Haymarket, uma explosão deixou mortos e feridos, desencadeando uma série de prisões e execuções.
Apesar da repressão, a luta dos trabalhadores não foi em vão. O episódio entrou para a história como um marco das mobilizações operárias e inspirou movimentos trabalhistas em diversos países. Em 1889, durante o Congresso Socialista realizado em Paris, foi decidido que o 1º de maio passaria a ser o Dia Internacional dos Trabalhadores, em memória aos mártires de Chicago.
Comemoração no Brasil e no mundo
No Brasil, o Dia do Trabalho foi oficializado em 1925, durante o governo de Artur Bernardes. A data é feriado nacional e, ao longo dos anos, tornou-se também uma oportunidade para anúncios de medidas governamentais relacionadas ao mundo do trabalho. Em 1943, por exemplo, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi sancionada pelo presidente Getúlio Vargas justamente em 1º de maio.
Além do Brasil, o 1º de maio é feriado em países como Argentina, Alemanha, Chile, França, Itália, Espanha, Portugal e muitos outros. Nos Estados Unidos, curiosamente, o Dia do Trabalho (Labor Day) é celebrado em setembro, em uma tentativa de dissociar o movimento local do episódio de Chicago.