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Vacinação contra a gripe ganha reforço: ministério amplia campanha e combate fake news para proteger grupos vulneráveis

Governo quer imunizar 90% do público-alvo e alerta para riscos de desinformação que enfraquecem a adesão

Por: João Livi Fonte: Ministério da Saúde
13/04/2025 às 09h21
Vacinação contra a gripe ganha reforço: ministério amplia campanha e combate fake news para proteger grupos vulneráveis
A vacina é capaz de reduzir entre 60% e 70% dos casos graves e mortes relacionadas à gripe. (Foto: Freepik)

Com foco em reduzir os casos graves e os óbitos causados pela gripe, o Ministério da Saúde iniciou na última segunda-feira (7) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O objetivo é imunizar 90% do público-alvo, composto principalmente por idosos, crianças entre 6 meses e 6 anos de idade, gestantes e puérperas.

A vacina também será aplicada posteriormente na Região Norte, respeitando o calendário do chamado “inverno amazônico”, período de chuvas que ocorre de dezembro a maio.

Além do esforço logístico, a campanha deste ano também tem como prioridade o combate à desinformação. Nas redes sociais, circulam boatos que desestimulam a população a procurar a imunização. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Monica Levi, destaca que essas fake news podem ser tão perigosas quanto o próprio vírus.

Informação falsa, às vezes, é mais letal do que a própria doença”, alerta a especialista. “Algumas pessoas deixam de se vacinar por acreditarem em boatos, o que as mantém vulneráveis. Em alguns casos, isso pode levar até à morte”.

A vacina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é atualizada anualmente com base nas variantes que mais circulam no país e oferece proteção contra os vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e B. O imunizante, segundo o Ministério da Saúde, é capaz de reduzir entre 60% e 70% dos casos graves e mortes relacionadas à gripe.

Verdades que salvam vidas 

Para ampliar a conscientização, a SBIm esclareceu algumas das mentiras mais recorrentes sobre a vacina da gripe, reforçando informações baseadas em evidências científicas:

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Mentira: “A vacina pode causar gripe.”
Verdade: A vacina é feita com vírus inativado, ou seja, morto. Ela não tem capacidade de causar a doença. Sintomas semelhantes podem ocorrer por outros vírus respiratórios em circulação ou por exposição ao vírus antes do corpo desenvolver proteção, o que leva cerca de duas semanas após a aplicação.

Mentira: “A vacina é perigosa para idosos e pode causar mortes.”
Verdade: A vacina é extremamente segura. É indicada, inclusive, para pacientes com baixa imunidade e para pessoas transplantadas. Por conter apenas frações do vírus, não apresenta risco à saúde — muito pelo contrário, é uma das principais ferramentas para proteger quem mais precisa.

Mentira: “A vacina não funciona porque não impede o contágio.”
Verdade: Embora não impeça totalmente a infecção, a vacina reduz significativamente as formas graves da doença e suas complicações. É por isso que a imunização é recomendada anualmente, especialmente para pessoas mais vulneráveis.

Mentira: “Gripe não é grave e não precisa de vacina.”
Verdade: Em muitos casos, a gripe pode evoluir para quadros graves, como pneumonia, ou descompensar doenças preexistentes como diabetes e cardiopatias. Idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades estão entre os mais afetados.

Mentira: “Vacinas estão sendo misturadas.”
Verdade: Não há qualquer mistura entre vacinas. Cada uma tem formulação, composição e aplicação específicas. Vacinas combinadas são desenvolvidas em laboratório com segurança, e isso não se aplica às vacinas da gripe e da covid-19.

 

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