O Brasil vem alcançando resultados expressivos na coleta de células-tronco de medula óssea, uma alternativa crucial para tratar doenças graves do sangue e do sistema imunológico. De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), foram realizadas 431 coletas de células-tronco até novembro de 2024, um aumento de 8% em comparação ao total de 2023 (398). Este progresso é fruto de campanhas de conscientização e de avanços tecnológicos que otimizam o processo de doação.
O Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), administrado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), é um dos três maiores bancos de dados do mundo com mais de 5,9 milhões de doadores cadastrados. O Redome é financiado integralmente por recursos públicos, garantindo acesso gratuito aos pacientes.
“Cerca de 70% a 75% dos pacientes brasileiros encontram doadores compatíveis por meio do Redome. Esse dado reflete a importância de manter e ampliar o banco nacional de doações”, destacou o Ministério da Saúde.
A inovação tem sido uma grande aliada para promover a doação. O aplicativo Redome permite que os doadores realizem o pré-cadastro, acessem informações sobre o processo e acompanhem cada etapa até a inclusão definitiva no sistema. O app também disponibiliza uma carteirinha virtual, reforçando a conexão entre o doador e a causa.
Entre janeiro e novembro de 2024, foram registrados 129 mil novos doadores, superando os 119 mil de 2022. Além disso, o número de receptores cadastrados saltou de 1.637 em 2022 para 2.060 em 2024, reflexo de campanhas realizadas por hemocentros em todo o país.
“O transplante de medula óssea é um tratamento essencial para mais de 80 doenças graves, incluindo leucemias e linfomas. Cada doação representa a esperança de uma nova vida para pacientes e suas famílias”, reforçou o Ministério da Saúde.
Tornar-se um doador de medula óssea é simples e requer:
Ter entre 18 e 35 anos (o cadastro permanece ativo até os 60 anos);
Estar em boas condições de saúde;
Apresentar documento oficial com foto;
Comparecer a um hemocentro para a coleta de 10 ml de sangue, usado nos exames de compatibilidade genética (HLA).
Se não houver doador compatível na família do paciente, a busca é expandida para o Redome e bancos internacionais.
Com avanços tecnológicos e maior conscientização, o Brasil está ampliando o impacto da doação de medula óssea. Esse crescimento reflete um país que, unido pela solidariedade, busca salvar vidas e trazer esperança para quem enfrenta doenças graves. A meta é clara: fortalecer cada vez mais essa corrente do bem.